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Por Redação O Sul | 7 de junho de 2019
O debate da crise econômica em Brasília foi suplantado, na quarta-feira (05), pelas discussões do caso Neymar. “Pela primeira vez as redes entenderam o que é presunção de inocência”, disse um integrante da cúpula da Câmara.
Equipes que monitoram as redes para deputados apontaram que o tema alcançou 92 milhões de pessoas, que as menções ao nome do jogador subiram 782% e que há forte divisão de vereditos na internet: 58% o defenderam; 42% o criticaram.
Jogador
Um dos jogadores mais próximos de Neymar no grupo da seleção brasileira, Arthur foi o primeiro atleta a dar entrevistas depois do corte do atacante. Em casa, no CT (Centro de Treinamento) do Grêmio, clube que o formou, ele ignorou o transcurso das investigações sobre a acusação de estupro feita por uma mulher contra Neymar, e também sobre suposto crime virtual cometido por ele ao exibir fotos íntimas da acusadora num vídeo de internet. Para o volante, o caso está esclarecido.
“Já foram esclarecidos os fatos. Mentira tem perna curta, o bem sempre vai vencer o mal. Quanto mais a gente falar, vai ser pior. Era isso que ela queria, essa mídia, essa badalação toda. As notícias polêmicas têm mais audiência”, disse Arthur.
Para ele, não há mais o que falar do assunto, ainda mais agora que Neymar está cortado. O ex-gremista, nascido em Goiás e revelado no clube alviverde, prosseguiu. Com riso debochado, disse que a mulher gostaria de ter benefícios com a acusação.
“Ele ficou bastante chateado porque uma acusação dessas não tem cabimento. O importante é que todos estão juntos com ele e os fatos estão sendo esclarecidos. Quanto mais gente falar desse assunto, vai ser melhor para a pessoa que fez essa acusação. Era isso que ela queria: audiência, dar entrevistas em emissoras e ganhar seguidores no Instagram”.
Arthur disse que ficou sabendo do corte de Neymar pelo próprio jogador, pouco antes do anúncio do coordenador Edu Gaspar para todo o grupo. Ele lamentou a lesão no tornozelo direito que tirou o amigo da Copa América, mas disse que a força coletiva do grupo poderá suprir sua ausência.
“Ele era nossa referência técnica, mas o conjunto da Seleção é muito forte. Perdemos um grande jogador, um dos nossos líderes, mas o importante é que temos outras peças para suprir. Não adianta um ou dois estarem bem e os demais mal, e nessa tecla do coletivo o Tite bate bastante”, afirmou o volante do Barcelona.
Companheiro de Messi, a quem considera o melhor do mundo, Arthur também descartou a necessidade de os jogadores da seleção brasileira precisarem de mais empenho agora, sem Neymar. “Sempre que um jogador de alto rendimento entra em campo deixa seu melhor. Não temos na cabeça entrar e nos poupar, vamos com 100%, 110%. Tendo uma referência como Neymar ou Messi, as coisas podem fluir mais facilmente. Mas, como eu falei, o coletivo estando bem, temos outros jogadores de qualidade técnica impressionante”. A Seleção Brasileira voltará a campo neste domingo (09), em amistoso contra Honduras, às 16h, no Beira-Rio.