Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A 16 de novembro de 1889, o Brasil viveu o primeiro dia da era republicana, tendo na presidência o marechal alagoano Deodoro da Fonseca. Seu primeiro ato foi mandar uma mensagem ao Imperador destronado, intimando-o a deixar o País em 24 horas. Ofereceu-lhe ainda 5 mil contos de réis para manutenção no exterior. Dom Pedro II recusou o dinheiro e partiu na madrugada de 17 de novembro para Portugal. Pediu somente um travesseiro com terras do Brasil para repousar a cabeça quando morresse.
Até o dia 15, o marechal Deodoro da Fonseca e parte dos militares pretendiam apenas derrubar o Chefe do Gabinete Imperial, Visconde de Ouro Preto, por perseguir o Exército, e o Conde D’Eu, genro do imperador, que concordava com as discriminações. Porém, precipitou-se a mudança do regime.
Deodoro tinha ingressado na política em 1885, exercendo o cargo de presidente (equivalente ao atual de governador) da província do Rio Grande do Sul, de 8 de maio a 9 de novembro de 1886.
A Proclamação da República estabeleceu a separação entre a Igreja e o Estado e instituiu o casamento civil.
Em 1890, foi criado o Código Penal Brasileiro, reformado o Código Comercial e, em 1891, promulgada a primeira Constituição republicana, de inspiração liberal e próxima ao modelo norte-americano.
Definiram-se os três poderes de governo, Executivo, Legislativo e Judiciário, extinguindo-se as instituições do Império – Conselho de Estado, Poder Moderador e Senado vitalício.
Nesse período, houve crescente industrialização e urbanização do país e o aumento da grande migração europeia para o Brasil. Em 1891, entraram 216 mil estrangeiros.
O mandato de Deodoro deveria terminar em 1894, mas surgiu um problema. A política econômica, que tinha como ministro da Fazenda Rui Barbosa, foi marcada pelo incentivo à emissão de moeda por alguns bancos e pela criação de sociedades anônimas. Como resultado, houve forte especulação financeira e falência de bancos e empresas.
A crise levou Deodoro à renúncia a 23 de novembro de 1891.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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