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Mundo O Congresso peruano rejeitou o impeachment do presidente do País por envolvimento com a empreiteira brasileira Odebrecht

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Para o impeachment de Kuczynski, conhecido como PPK, eram necessários 87 votos dos parlamentares. (Foto: Reprodução)

Após quase 14 horas de sessão, o Congresso do Peru não conseguiu votos suficientes para o impeachment do presidente Pedro Pablo Kuczynski por “incapacidade moral”. O processo foi aberto dias depois de a empreiteira brasileira Odebrecht revelar o pagamento de propinas milionárias a empresas ligadas a ele.

Para o impeachment de Kuczynski, conhecido como PPK, eram necessários 87 votos dos parlamentares. No entanto, o plenário contabilizou 78 votos a favor da saída do presidente peruano, 19 contra e 21 abstenções.

Kuczynski sempre negou as acusações e disse que o processo foi baseado em uma mentira. Na quinta-feira, antes da votação, ele apresentou a sua defesa perante o Congresso. “Venho demonstrar minha inocência porque a isso sou obrigado. Pois, ao que parece, não tenho presunção de inocência”, disse. “Não sou corrupto, não menti, jamais favoreci nenhuma empresa ou pessoa durante a minha gestão como ministro de Energia e Minas, de Economia ou como primeiro-ministro, também não o fiz desde que me tornei presidente”, disse Kucynski.

Logo após o término da votação que garantiu a sua permanência no cargo, o presidente peruano pediu reconciliação. A declaração foi feita por Kuczynski no Twitter. “Peruanos, começa um novo capítulo em nossa história: reconciliação e reconstrução de nosso país. Uma única força, um único Peru”, escreveu.

Defesa

Segundo a agência EFE, Kuczynski explicou que é proprietário da empresa Westfield Capital, dedicada a assessoria financeira, desde 1992, bem como que, quando foi ministro do governo de Alejandro Toledo (2001-2006), a companhia foi administrada por seu ex-sócio Gerardo Sepúlveda.

Kuczynski explicou que foi Sepúlveda quem assinou e geriu um contrato de assessoria financeira da Odebrecht e que ele nunca soube do mesmo porque levantou uma “muralha chinesa” para distanciar-se da atividade privada de sua companhia.

“Existem provas que demonstram que Gerardo Sepúlveda era o gerente da companhia, que assinava os contratos e desenvolvia os serviços, assim reconhece a Odebrecht”, indicou Kuczynski. O presidente acrescentou que “a norma proíbe que [um funcionário público] gerencie interesses próprios ou de terceiros, mas os dividendos que um empresário recebe por parte de uma empresa são pela propriedade da mesma, não por sua gestão”.

Sessão

A sessão que votou a tentativa de impeachment do presidente peruano teve início às 9h30min (12h30min em Brasília), com a apresentação da defesa pelo próprio acusado, seguido por uma argumentação de seu advogado. Na sequência, os parlamentares passaram o dia todo em debate, e a votação só começou depois das 14h.

Odebrecht

A Odebrecht admitiu ter pago US$ 29 milhões em propinas para obter obras no Peru entre 2004 e 2015, período que abarcou os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), do qual Kuczynski foi ministro; Alan García (2006-2011); e Ollanta Humala (2011-2016). Humala permanece em prisão preventiva, acusado de receber US$ 3 milhões para sua campanha eleitoral de 2011, enquanto que contra Toledo pesa uma ordem de extradição dos Estados Unidos, por supostamente receber US$ 20 milhões em propinas para conceder à Odebrecht a construção de uma rodovia.

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https://www.osul.com.br/o-congresso-peruano-rejeitou-o-impeachment-do-presidente-pedro-pablo-kuczynski/ O Congresso peruano rejeitou o impeachment do presidente do País por envolvimento com a empreiteira brasileira Odebrecht 2017-12-22
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