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| O Conselho Federal de Psicologia criticou uma novela da Globo por causa da personagem Laura, que foi abusada sexualmente na infância

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Cena do casamento entre Laura (Bella Piero) e Rafael (Igor Angelkorte), em “O Outro Lado do Paraíso”. (Foto: Reprodução)

O Conselho Federal de Psicologia do Brasil publicou uma carta aberta em seu site criticando a novela “O Outro Lado do Paraíso”, exibida pela TV Globo, em especial ao núcleo que envolve a personagem Laura, vivida por Bella Piero. Antes, algumas cenas de internação já haviam gerado revolta entre psiquiatras.

Na trama, Laura tem dificuldades para ter intimidades com seu marido, Rafael, por conta de abusos sexuais que sofreu de seu padrasto na infância. Ela busca ajuda profissional, mas em vez de ir a um psicólogo, procura sessões de hipnose e coaching, o que é desaprovado pelo conselho. As cenas fazem parte de uma ação de merchandising.

Na carta, a entidade reconhece que se trata de uma obra de ficção, mas que ainda assim é capaz de “formar opinião” e presta um “desserviço à população brasileira ao tratar com simplismo e interesses mercadológicos” o sofrimento da personagem, que foi abusada sexualmente em sua infância.

A instituição ainda ressalta que as obras da emissora são conhecidas por trazer temas importantes para a sociedade como forma de “elevar a audiência”, “embaralhando” barreiras entre ficção e realidade.

“Pessoas com sofrimento mental, emocional e existencial intenso devem procurar atendimento psicológico com profissionais da Psicologia, pois são os que têm a habilitação adequada”, prossegue, citando reconhecimento de sistemas como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

“O CFP faz um alerta à sociedade para que não se deixe iludir. As pessoas devem buscar terapias adequadas conduzidas por profissionais habilitados para os cuidados com a saúde, particularmente a saúde mental”, ressalta o comunicado.

Por fim, ainda elogiam a postura de outras instituições: “Saudamos como positiva a manifestação de diversos grupos e escolas de coaching, que, manifestando-se sobre o ocorrido, afirmaram compreender que os transtornos mentais devem ser cuidados por profissionais da saúde mental”.

Em resposta, a Globo afirmou que “reconhece a importância de todos os seus programas para discussões e reflexões sobre assuntos de interesse da sociedade e está atenta à responsabilidade que lhe é atribuída sobre todos os temas abordados”.

“O que a novela ‘O Outro Lado do Paraíso’ quer mostrar com o desenvolvimento da trama da personagem Laura é o processo pelo qual passa uma pessoa que precisa de ajuda, recorrendo a diferentes e variadas formas de apoio e terapias, das mais às menos ortodoxas”, prossegue.

A abordagem não desagradou apenas a psicólogos. A Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC) – não confundir com o Instituto Brasileiro de Coaching – alega ter enviado um e-mail à Globo antes de a polêmica vir à tona, em 17 de janeiro. Na carta, Sulivan França, seu presidente, alega que “em um mercado onde existem tantos pseudo profissionais e institutos, é delicado colocar em uma novela de amplitude nacional informações sem fundamento que deturpam o real significado do coaching”.

 

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