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Armando Burd O custo da negociação

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Ana Paula Vescovi

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A suspensão do pagamento das dívidas de estados falidos custará 37 bilhões de reais ao governo federal nos próximos três anos. O cálculo é da secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescóvi. O valor representa o que Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro deixarão de pagar, caso se submetam ao acordo de auxílio financeiro em troca de medidas duras de ajuste fiscal. As contrapartidas envolvem privatizações, cortes nos salários de servidores públicos e aumento nas contribuições dos aposentados.

VAI ÀS ALTURAS

Quando ocorreu a renegociação dos estados com a União, há 20 anos, a dívida total somava 112 bilhões de reais em valores atuais. Desde 1997, foram pagos 277 bilhões de reais. Pelos cálculos do governo federal, ainda precisam repassar 476 bilhões. A expressão auditoria das contas ainda não entrou nos dicionários dos prejudicados.

SEM FANTASIA

A erosão dos orçamentos estaduais começou a surgir em 2009. Por sete anos, a piora foi escondida com truques e improvisos contábeis. Agora, a máscara caiu.

NA BALANÇA

Se o Brasil estivesse em situação de normalidade, os assuntos prioritários no debate nacional e no noticiário seriam outros, bem mais necessários e úteis: o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Escândalos e corrupção suplantam a revisão da legislação tributária, a reforma política, a reorganização da lei de orçamento público e as soluções para o caótico sistema de saúde.

ESCOLINHA

Para aprovar a reforma da Previdência, o governo precisa vencer também a guerra da comunicação. Por isso, tem reunido parlamentares e jornalistas em Brasília para explicar os detalhes. O deputado federal Darcísio Perondi é o coordenador dos encontros. Expõe, pergunta, responde, aceita provocações e já consegue convencer até os incrédulos. A iniciativa está sendo chamada de Escolinha do Professor Perondi.

É UMA NOVELA

A cada vaga aberta, começa a corrida de pretendentes que poderia receber o nome de O Direito de Nascer Ministro.
O título lembra a radionovela da década de 1940, escrita pelo cubano Félix Caignet. A partir de 1964, O Direito de Nascer passou para a TV. Os principais personagens eram o desmancha corações Albertinho Limonta, a bondosa Mamãe Dolores, o poderoso Dom Rafael de Juncal e Isabel Cristina. O enredo infindável fazia arrancar lágrimas do grande público, que acompanhava eletrizado. Na versão política, os preteridos também choram muito.

PASSOU FÁCIL

A 25 de fevereiro de 1997, a emenda constitucional da reeleição do presidente da República, dos governadores e dos prefeitos foi aprovada em 2º turno na Câmara. O painel eletrônico registrou 369 votos favoráveis e 111 contra. No 1º turno, 336 deputados tinham concordado com o projeto.

RÁPIDAS

* No Palácio do Planalto, cogitam adquirir equipamento com tecnologia altamente sofisticada para detectar mentiras.
* O que esperar de um Estado que anda quebrado?
* Na gestão pública, há duas opções: mexer-se ou sucumbir.
* O placar eletrônico da Assembleia Legislativa só começará a registrar votos na sessão de 7 de março.
* As academias de ginástica das Secretarias Municipais e Estadual da Fazenda não param. Fazem exercícios contínuos para aumentar a receita.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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