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Brasil O delator do escândalo da Federação Internacional de Futebol morreu em São Paulo

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J. Hawilla tinha história na comunicação e foi pivô de escândalo. (Foto: Reprodução)

Morreu na manhã desta sexta-feira, aos 74 anos, o advogado, jornalista e empresário J. Hawilla, delator do “Caso Fifa” nos Estados Unidos, pivô do escândalo que revelou a participação de vários dirigentes em crimes de corrupção no futebol mundial. Ele teve insuficiência respiratória. O empresário deixa esposa, três filhos e seis netos.

J. Hawilla tinha retornado ao Brasil há cinco meses, depois de passar cinco anos nos Estados Unidos. Natural de São José do Rio Preto (SP), o empresário deixa esposa, três filhos e seis netos.

Delação

Em 2013, J. Hawilla acabou sendo um dos delatores do caso Fifa Gate, que apontou denúncias de corrupção na entidade máxima do futebol. O caso é investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o FBI e a Receita Federal americana.

A investigação revelou casos de corrupção na Fifa durante 20 anos. O empresário fechou um contrato de delação com a Justiça americana em que se comprometeu a devolver US$ 151 milhões.

J. Hawilla pagou multa e ficou nos Estados Unidos desde 2013, até voltar ao Brasil neste ano.

Trajetória

Descendente de libaneses, J. Hawilla começou na carreira como repórter de campo em uma rádio em Rio Preto, na década de 60. Depois, trabalhou como repórter da Rádio Bandeirantes e da TV Globo, onde cobriu a Fórmula 1 antes de dedicar-se exclusivamente ao futebol. Fez entrevistas históricas, como a com o craque Pelé.

Nos anos 80, abraçou a carreira de empresário e comprou a até então desconhecida Traffic, que fazia publicidade em pontos de ônibus de grandes cidades.

Sob seu comando, a empresa passou a explorar a propaganda dentro dos gramados de futebol e se tornou a maior agência de marketing esportivo do País, sendo detentora dos direitos de exibição de importantes campeonatos de futebol no Brasil e na América do Sul.

Fora dos gramados, J. Hawilla investiu em meios de comunicação. Fundou a TV TEM, que surgiu com a compra das afiliadas da Rede Globo em Sorocaba, Rio Preto e Bauru e com a criação da emissora em Itapetininga. Também foi proprietário da rede de jornais Bom Dia, com presença em várias regiões do Estado, e do Diário de São Paulo. Fundou também a TV7, empresa responsável pela estrutura de transmissões esportivas e produção de programas.

J. Hawilla também criou Desportivo Brasil, em Porto Feliz (SP), time de futebol e centro de formação de jogadores.

Luto oficial

O prefeito de São José do Rio Preto (SP), Edinho Araújo, decretou luto oficial por três dias no município.

“Recebo com pesar a informação da morte do empresário e amigo J. Hawilla, idealizador da TV TEM. Decidi decretar luto oficial por três dias no município. Em sua TV, Hawilla apostou no conceito de jornalismo cidadão, dando voz à comunidade e sendo porta voz das reivindicações da população de grande parte do Estado de São Paulo. É uma grande perda. Um abraço meu e da Maria Elza aos familiares”, afirmou.

“Com a morte de J.Hawilla, a imprensa perde um experiente empresário que contribuiu para o jornalismo esportivo e para a ampliação dos meios de comunicação no interior paulista. Meus sentimentos e minha solidariedade aos familiares e amigos”, disse em nota o governador de São Paulo, Márcio França.

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