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Brasil O delegado responsável por um grupo que investiga políticos entregou o cargo e abriu uma crise na Polícia Federal

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Polícia Federal tem divergências internas. (Foto: Divulgação/PF)

Responsável pelo grupo que investiga políticos com prerrogativa de foro, o delegado Josélio Azevedo comunicou aos colegas que deixará o cargo por divergências com o novo comando da Polícia Federal. O delegado Márcio Anselmo, que atou na primeira fase da Operação Lava-Jato, deve assumir o posto.

Josélio tomou a decisão após ser informado que o GINQ (Grupo de Inquéritos Especiais) sairá do seu comando e passará a ser subordinado à Dicor (Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado).

O delegado é coordenador de combate à corrupção e ao crime organizado, a qual está subordinado o GINQ, que cuida, por exemplo, das investigações da Operação Lava-Jato nos casos envolvendo políticos com mandato.

A nova cúpula da PF decidiu que o GINQ passará a ser subordinado ao diretor de investigação e combate ao crime organizado, Elzi Vicente da Silva, que assumiu o posto com a entrada de Rogério Galloro, no último dia dois de março, em substituição a Fernando Segovia. Antes disso, Elzio era superintendente da Polícia Federal no DF.

Em mensagem enviada a colegas delegados, Josélio diz que vai auxiliar a transição e citou incompatibilidade para justificar sua decisão de entregar o cargo. Respeitado pelos colegas que atuam no GINQ, a saída de Josélio provocou uma crise interna na PF e pode levar a uma debandada na equipe que investiga políticos em protesto as mudanças. O trabalho do grupo é sensível porque as investigações esbarram em políticos poderosos e são dirigidas pelos ministros do Supremo.

A Coluna apurou que outra mudança a caminho é que o GINQ também deve passar a cuidar dos inquéritos que investigam governadores e tramitam no STJ. Além dos que tramitam no Supremo.

A transferência do GINQ para a diretoria de investigação foi lida pelo grupo como uma retaliação ao fato de os delegados do grupo terem criticado publicamente o então diretor Fernando Segovia quando ele foi acusado de atuar para beneficiar o presidente Temer no inquérito dos Portos. Segovia perdeu o cargo após dizer que o inquérito seria arquivado, mesmo com as investigações ainda em curso.

Nova coordenação

Para expandir a atuação da Polícia Federal no combate ao narcotráfico, o novo diretor da Polícia Federal, Rogério Galloro, vai aumentar as atribuições da Coordenação-Geral de Polícia de Repressão a Drogas, a CGPRE.

A partir de agora, a divisão passará a se chamar Coordenação-Geral de Repressão a Drogas e Facções Criminosas e terá como meta investigar os grupos criminosos organizados que atuam no tráfico transnacional de drogas – como PCC (Primeiro Comando da Capital), CV (Comando Vermelho) e FDN (Família do Norte).

A medida tem o objetivo de adequar a PF às novas funções dentro do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A proposta de Galloro já está com o ministro, responsável por oficializá-las.

O titular da coordenadoria será o delegado Júlio Cesar Baida Filho, que estava à frente da operação União Rio, ação da PF no trabalho integrado com as outras forças de segurança na intervenção federal no Rio de Janeiro.

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