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Política O deputado federal Alfredo Kaefer foi denunciado por falsidade ideológica e fraude a credores

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Ainda segundo as denúncias, os crimes foram praticados por Kaefer com o objetivo de obter vantagens ilícitas e beneficiar suas empresas, o que causou prejuízo a credores públicos e privados. (Foto: Reprodução)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) duas denúncias contra o deputado federal Alfredo Kaefer (PSL-PR) por sonegação e omissão de informações no processo de recuperação judicial de cinco empresas, falsidade ideológica e fraude a credores.

Para o ressarcimento dos danos causados com as irregularidades, a procuradora-geral Raquel Dodge pediu o bloqueio e a indisponibilidade de bens, direitos e valores do parlamentar e de 14 empresas pertencentes a ele no valor de R$ 341 milhões.

Ainda segundo as denúncias, os crimes foram praticados por Kaefer com o objetivo de obter vantagens ilícitas e beneficiar suas empresas, o que causou prejuízo a credores públicos e privados.

As investigações apontam que informações foram omitidas e fraudadas para descapitalizar as empresas que estavam em processo de recuperação judicial.

Os recursos conseguidos com a manobra, aponta a denúncia, foram utilizados em benefício do parlamentar, de seus familiares e de outras companhias ligadas ao político.

“Ao longo dos anos, valendo-se de ampla estrutura empresarial, Alfredo Kaefer fez diversos atos de confusão patrimonial, de blindagem de seu patrimônio pessoal e de concentração de dívidas em empresas, com a capitalização de outras não englobadas no Processo de Recuperação Judicial”, ressalta Raquel Dodge.

Duplicatas falsas

A segunda denúncia inclui a companheira do deputado, Clarice Roman. Neste caso, os dois são acusados de causar prejuízo de R$ 249,5 mil a empresas com a emissão de duplicatas falsas, por meio da empresa Diplomata S/A Industrial e Comercial, com sede em Cascavel, no oeste do Paraná.

Uma das empresas prejudicadas deixou de receber pela venda de milho e farelo de soja à Diplomata. A denúncia indica que uma manobra de recompra das duplicatas dadas como garantia de pagamento dos insumos impediu que a cooperativa recebesse o valor das mercadorias.

Além das denúncias, Raquel Dodge pediu ao STF a abertura de mais um inquérito contra Alfredo Kaefer para apurar indícios de que outras empresas do parlamentar, ainda ativas, teriam sido usadas para a prática de lavagem de dinheiro.

A PGR destaca que Kaefer se utilizou do patrimônio destas empresas para financiar, em 2010 e 2014, suas candidaturas políticas, e que se afastou apenas formalmente de parte dos negócios, utilizando-se de “testas de ferro”.

Outro lado

O deputado Alfredo Kaefer disse que todas as denúncias apresentadas são vazias e infundadas e que espera que o STF não as aceite. “Se forem aceitas, nós vamos provar com todos os fundamentos que não existe nada disso e seremos absolvidos”, declarou.

Quanto às suspeitas de lavagem de dinheiro, o parlamentar afirmou que não houve qualquer irregularidade nas campanhas eleitorais que disputou e que todas as contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral).

Kaefer esteve em Cascavel, onde acompanhou uma assembleia com credores para a votação de um plano de recuperação fiscal das empresas do Grupo Diplomata como sugeriu o Superior Tribunal de Justiça em decisão de 2017.

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