Terça-feira, 16 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
24°
Showers in the Vicinity

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O deputado cassado Eduardo Cunha abriu uma editora de livros dois dias antes de ser preso

Compartilhe esta notícia:

A propina era paga a Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro. (Foto: Banco de dados/O Sul)

Dois dias antes de ser preso, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) criou a Eduardo Cunha Atividades Intelectuais, uma empresa cuja atividade principal é a “edição de livros”, com capital de R$ 90 mil.

Logo após ter o seu mandato cassado, em setembro do ano passado, ele passou a conversar com editoras para negociar a publicação de um livro cuja promessa era “abalar a República”. Ao assinar contrato com uma editora, o autor recebe normalmente 10% do valor arrecado com a venda de exemplares, além de uma entrada fixa. Já em uma produção própria, o escritor é responsável pelos custos, mas fica com o eventual lucro.

A expectativa de Cunha – correligionário de Michel Temer e figura decisiva no impeachment de Dilma Rousseff – e de aliados era que o livro se tornasse best-seller. Segundo o registro da Receita Federal, a empresa está sediada no endereço do escritório do político no Centro do Rio de Janeiro, no edifício De Paoli, 32º andar.

De acordo com delatores da Odebrecht, o local serviu para o acerto de pagamento de propina de US$ 40 milhões ao PMDB, por um contrato internacional da Petrobras, em 2010. O combinado foi, depois, “abençoado” por Temer, à época candidato a vice na chapa de Dilma, ainda de acordo com a versão dos ex-executivos da empreiteira.

Cunha foi preso no dia 19 de outubro do ano passado em Brasília, por decisão do juiz Sérgio Moro, que o condenou em março deste ano a mais de 15 anos de prisão. O deputado cassado está atualmente recluso no Complexo Médico Penal do Paraná.

A empresa criada pelo ex-deputado é do tipo Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), uma categoria que permite a separação entre o patrimônio empresarial e privado. Segundo o Sebrae, caso o negócio contraia dívidas, apenas o patrimônio social da empresa será utilizado para quitá-las, exceto em casos de fraude.

Dois dias antes de ser preso, mesma data que sua nova empresa foi registrada, o peemedebista se encontrou com o dono da editora Matrix, Paulo Tadeu, no aeroporto de Congonhas, para negociar termos de um contrato para a publicação do livro. Segundo o editor, havia poucos detalhes a serem resolvidos naquele momento.

O proprietário da Matrix disse que o político nunca falou sobre a existência da Eduardo Cunha Atividades Intelectuais e que não acredita que ele publicaria um livro em uma editora própria. “Eu acho que ele não faria isso. Não teria sentido.”

O empresário afirmou, porém, que se surpreendeu com a “riqueza” de detalhes e conhecimento que Cunha tinha sobre o mercado editorial. Pedro Ivo, advogado de Cunha, diz que a empresa foi aberta para “administrar a publicação do livro”. Segundo ele, “não haveria, então, qualquer impedimento no fato de a citada empresa negociar os direitos de venda do livro com editoras”. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A Justiça determinou a penhora de uma casa de mais de 6 milhões de reais do senador Romário para quitar dívidas
Inscrições para o Enem começam nesta segunda-feira
https://www.osul.com.br/o-deputado-cassado-eduardo-cunha-abriu-uma-editora-de-livros-dois-dias-antes-de-ser-preso/ O deputado cassado Eduardo Cunha abriu uma editora de livros dois dias antes de ser preso 2017-05-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar