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Brasil O discreto retorno de Aécio Neves à Câmara dos Deputados

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Aécio Neves, ex-presidente nacional do PSDB, retornou à Câmara. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Ex-presidente nacional do PSDB e aposta do partido para a Presidência da República até cair na Operação Lava-Jato, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) tem adotado uma postura discreta na Câmara neste início do mandato.

Acusado de ter recebido propina de empresários, o tucano é réu no STF (Supremo Tribunal Federal). Na quarta-feira (20) se livrou de processo de expulsão do PSDB pelo envolvimento em escândalos de corrupção.

Embora já tenha presidido a Câmara entre 2001 e 2002, Aécio não apresentou, até agora, qualquer projeto e não pleiteou cargo na Mesa Diretora da Casa.

Ele também não deverá ser indicado para a presidência de comissões, função que o PSDB pretende reservar aos mais jovens da sigla.

A atuação nas sombras é uma forma de blindar o partido de críticas pela decisão de abrigá-lo. A regra é: quanto menos ele aparecer, melhor.

O partido reservou para Aécio a presença em apenas duas comissões temáticas, onde são votados os projetos antes de seguirem para o plenário, ainda não definidas. Numa delas será suplente.

Eleito com 106.702 votos, Aécio ainda não fez discurso na tribuna da Câmara. Até agora, marca presença no plenário apenas quando tem votação. Tem motivo para isso. Quem não comparece, tem desconto no salário de R$ 33,7 mil.

Na terça-feira, ajudou a impor a primeira derrota ao governo Jair Bolsonaro. Aécio foi um dos 367 deputados que votaram para derrubar decreto sobre classificação de documentos ultrassecretos.

Quando não há votação, o tucano se isola no gabinete, numa rotina bem diferente de antes de ser revelada sua relação suspeita com Joesley Batista.

O que não é discreto, porém, é o seu gabinete. Como ex-presidente, ocupa um dos maiores e teve atendido seu pedido para incorporar no espaço uma cozinha.

Até agora, nomeou nove dos 25 assessores a que tem direito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Delator aponta à PF reuniões para pagamento de R$ 30 mi ao “Mineirinho”

Em depoimento que citou o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-gerente de Recursos Humanos da Odebrecht Ênio Augusto Pereira e Silva, um dos delatores da Operação Lava-Jato, afirmou à Polícia Federal que o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Henrique Valladares se reuniu com o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo.

Segundo o executivo, Henrique Valladares e Dimas Toledo se encontraram “para tratar a respeito de pagamentos” para “Mineirinho”.

Ênio Augusto Pereira e Silva falou à PF em um inquérito que apura o suposto pagamento de R$ 30 milhões da Odebrecht para o tucano – R$ 28,2 milhões em dinheiro entregue em uma sala comercial em Ipanema, no Rio, e US$ 900 mil em pagamentos no exterior.

O valor teria sido repassado para que Aécio Neves “influenciasse o andamento dos Projetos do Rio Madeira (Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia) atendendo aos interesse do grupo e da Andrade Gutierrez”.

Segundo os delatores da Odebrecht, Dimas Fabiano Toledo operou os pagamentos. Investigadores afirmam que “Mineirinho” é o deputado Aécio.

Os executivos da empreiteira narraram que Dimas Toledo “esteve no escritório da Odebrecht no Rio de Janeiro e apresentou um cronograma de pagamentos referentes aos R$ 30 milhões que cabiam à empresa”.

Ênio Silva esteve em Brasília em 4 de dezembro do ano passado para falar “sobre os fatos envolvendo pagamentos indevidos a pessoa de codinome Mineirinho, tendo em vista a homologação da sua adesão ao acordo de leniência da empresa Odebrecht”.

O delator contou à PF que “além das atividades relacionadas à gerência de recursos humanos, recebeu a incumbência de realizar a programação dos pagamentos de ‘caixa 2’ da área de energia da Odebrecht”.

“Acerca do programa pagamentos realizados no Projeto Madeira, tendo como destinatário o senador Aécio Neves, afirma que ao chegar na área de energia, o declarante recebeu uma planilha de José Carlos Grossi contendo pagamentos relacionados ao Projeto Madeira, que estava em andamento”, contou.

O delator disse que verificou a programação de pagamentos de codinome “Mineirinho” na planilha. Ênio Augusto Pereira e Silva disse à Polícia Federal que, em 2009, “já haviam feito pagamentos, mas que ainda restava uma parte”.

“O declarante se recorda que, em pelo menos duas oportunidades, o sr. Henrique Valladares solicitou que o declarante verificasse a situação dos saldos de pagamentos feitos a Mineirinho; que nestas oportunidades o sr. Henrique Valladares estava reunido com o sr. Dimas Toledo para tratar a respeito desses pagamentos”, afirmou.

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