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Mundo O discurso agressivo de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU despertou reações negativas até mesmo de seus aliados

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A fala do polêmico líder republicano foi pouco aplaudida pelos colegas. (Foto: Reprodução)

A primeira participação de Donald Trump em uma Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), ocorrida na terça-feira em Nova York, foi condenada até mesmo por boa parte dos aliados dos Estados Unidos. O forte tom belicoso e a defesa intransigente do nacionalismo em lugar do multilateralismo, além de duras acusações e ameaças a Coreia do Norte, Irã, Venezuela e Cuba, geraram reações imediatas.

Algumas das críticas do presidente norte-americano foram, inclusive, contrárias a esforços diplomáticos de seu próprio governo. O tom adotado pelo presidente em sua estreia difere do habitualmente utilizado por mandatários e pela diplomacia, ampliando o estranhamento com a declaração de 41 minutos de Trump.

Ele disse, por exemplo, que algumas nações se encontram em situação tão ruim que estão “a caminho do inferno”. O seu discurso foi pouco aplaudido e gerou murmúrios em grande parte das 192 comitivas que o acompanhavam na ONU. Chamando o líder norte-coreano, Kim Jong-un, de “homem foguete” que estaria numa “missão suicida”, dedicou a maior parte de seu tempo a criticar o governo de Pyongyang.

“Os Estados Unidos têm grande força e paciência, mas se forem forçados a defenderem a si mesmos ou a seus aliados, não teremos alternativa a não ser destruir totalmente a Coreia do Norte. É hora de a Coreia do Norte perceber que a desnuclearização é o único futuro aceitável”, vociferou.

Irã

Mas o que gerou as críticas mais imediatas foi seu posicionamento sobre o acordo nuclear com o Irã, firmado na gestão de Barack Obama, mas classificado por ele como “um embaraço para os Estados Unidos”. A declaração indica que Trump não validará o pacto feito com o país, que estaria colaborando e teria abandonado seu programa nuclear balístico.

A fala contradiz a conduta de seu próprio governo, cujo chanceler participou nessa quarta-feira de um encontro inédito com o colega do país árabe. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, criticou a sinalização de Trump sobre o acordo com o seu país: “Se os Estados Unidos não prosseguirem com o compromisso e acabarem com o acordo, perderão a confiança da comunidade internacional”, disse.

O presidente francês, Emmanuel Macron, que cada vez mais se firma como o anti-Trump, foi um dos mais críticos. Disse que defenderá o “bom acordo” com o Irã e defendeu o multilateralismo, afirmando que tanto países ricos como pobres “estão irremediavelmente ligados”.

“Não respeitar (o acordo com o Irã) seria irresponsável, pois este é um acordo útil e essencial para a paz”, disse o líder francês, que voltou a defender o acordo climático de Paris, que os Estados Unidos deverão abandonar, segundo Trump. Ele ainda criticou as ameaças à Coreia do Norte: “A França segue acreditando no diálogo”.

Trump afirmou, ainda, que todo o líder responsável pensaria de forma prioritária no seu próprio povo, da mesma forma que ele, que foi eleito com o slogan “Os Estados Unidos em primeiro lugar”. Os europeus reagiram. “Sou uma patriota e por isso acredito na ONU”, disse a presidente da Suíça, Doris Leuthard.

Poucos líderes globais defenderam Trump. O mais enfático foi o premier de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele ressaltou a indicação de Trump de que não validará o acordo nuclear com o Irã: “Eu escutei muitos discursos, mas nenhum foi tão duro e valente como o de Donald Trump. Não posso estar mais de acordo com ele”.

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