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Economia O dólar comercial teve a sexta alta seguida e fechou a 3,73 reais: A moeda americana acumulou um aumento de 3,86% na semana

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A tendência de valorização da moeda americana é capitaneada por influência do mercado externo. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

A expectativa de juros mais altos nos Estados Unidos deflagrou uma aversão ao risco que tem penalizado as moedas de países emergentes e o real não fica de fora disso. O dólar comercial fechou em alta pelo sexto pregão consecutivo, com alta de 1,05%, a R$ 3,739, o maior patamar em mais de dois anos. Na semana, a moeda acumula uma alta de 3,86%. Já o Ibovespa, principal índice de ações do mercado local, sofre com a saída dos investidores estrangeiros. O indicador recuou 0,65%, aos 83.081 pontos. As informações são do jornal O Globo.

Na avaliação de Newton Rosa, economista da Sulamérica Investimentos, a pressão sobre o real se dá mesmo em um ambiente solvência para as contas externas. Ele lembra que as reservas internacionais do Brasil são de mais de US$ 380 bilhões e o déficit na balança de pagamentos é quase nulo. O processo de alta dos juros nos Estados Unidos tornam os emergentes menos atrativos, mas ele vê como exagerado o movimento.

“É um movimento forte de desvalorização do real em que os motivos não ficam claros. Não dá para colocar o Brasil na mesma cesta que Argentina ou Turquia. Esse movimento deve se acalmar nos próximos dias”, avaliou.

Devido à forte volatilidade nas taxas de juros dos títulos públicos, as negociações do Tesouro Direto foram suspensas, pelo segundo dia consecutivo. Como os títulos do Tesouro Direto são marcados a mercado, oscilações muito bruscas nas taxas de juros futuros podem levar a mudanças grandes mudanças em seus preços, em curto espaço de tempo, o que dificulta a tomada de decisão dos investidores.

Mais uma vez, a tendência de valorização da moeda americana é capitaneada por influência do mercado externo, conforme indica Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H. Commcor.

“Essa tendência de valorização é influenciada pelo cenário externo. A leitura de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) vai promover mais três altas de juros até o fim do ano e os bons resultados internos americanos, como da produção industrial, fazem com que o dólar continue com a alta observada durante toda a semana”, analisou Alessie.

Os juros nos Estados Unidos estão na faixa de 1,50% a 1,75% ao ano. Uma elevação, de 0,25 ponto percentual, foi feita no início do ano. Agora, o mercado precifica outras três.

Entre analistas do mercado, há a expectativa de que o BC brasileiro reforce sua atuação no mercado de câmbio, elevando a emissão de contratos de swap cambial, para tentar frear a alta do dólar, já que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de frear o corte de juros esta semana não foi suficiente. O Copom justificou sua decisão citando o “cenário externo”. Esses contratos têm efeito de venda do dólar no mercado futuro.

Em relação à decisão do Copom que manteve a taxa básica de juros em 6,5% ao ano, o operador de câmbio da H. Commcor avalia que o fato deveria ter contribuído para uma tendência de baixa da divisa americana:

“Avaliando o resultado do Copom isoladamente, ele deveria resultar em uma tendência de baixa na moeda americana frente ao real. Entretanto, esse cenário foi muito passageiro. Na última quinta, o dólar abriu em queda, mas logo em seguida reassumiu a tendência de alta e passou dos R$ 3,70. O Copom foi uma força de baixa que durou pouco.”

Outro fato que contribui para a alta do dólar é a tendência de valorização dos títulos de dez anos do Tesouro americano (treasuries), que estão acima de 3%.

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