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Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2018
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (23), pela quarta sessão seguida, em meio à continuidade das preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China e com a desaceleração da economia global e de olho na renovação da equipe do novo governo. As informações são do portal de notícias G1.
A moeda norte-americana subiu 0,42%, vendida a R$ 3,8216. Na máxima do dia, alcançou R$ 3,8306. O dólar turismo fechou negociado a R$ 3,99 (sem impostos).
Na semana, o dólar subiu 2,26%. No acumulado do mês, a moeda avançou 2,66% e, no ano, 15,33%.
Como pano de fundo, as últimas indicações da equipe do novo governo no Brasil foram bem recebidas, mas o mercado segue atento às negociações políticas por causa da necessidade de governabilidade para aprovar as reformas fiscais.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,41%, a R$ 3,8057 na venda. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,8257. O dólar turismo fechou negociado a R$ 3,97, sem considerar a cobrança de IOF (tributo).
O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 9,52 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No exterior, a moeda subiu ante a cesta de moedas, com destaque para o recuo do euro em meio a temores de que o crescimento econômico possa estar desacelerando na zona do euro após dados decepcionantes do Índice de Gerentes de Compras (PMI), destaca a agência Reuters.
O dólar teve alta ante as moedas emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano, com as preocupações com as tensões comerciais entre Estados Unidos e China antes da reunião entre os líderes dos dois países na próxima semana.
Nos EUA, os mercados fecham mais cedo nesta sessão após o feriado do Dia de Ação de Graças, o que encolhe a liquidez local.
Bolsa brasileira
O principal índice da Bolsa brasileira, a B3, fechou em queda nesta sexta-feira (23), pressionado pelo recuo das ações da Vale e da Petrobras, em meio ao declínio das commodities no mercado externo.
O Ibovespa caiu 1,43%, a 86.230 pontos, ampliando as perdas na semana para 2,6%. Na mínima do dia, a bolsa foi 85.762 pontos e, na máxima, chegou aos 87.479 pontos.
No acumulado do mês, a bolsa recuou 1,4%. No ano, contudo, ainda sobe 12,86%.
A ação preferencial da Petrobras recuou 3,10% e a ordinária perdeu 2,34%. A estatal foi prejudicada pela queda do preço do petróleo. A Vale caiu 6,83%, também na esteira da queda do preço do minério de ferro na China e de outros metais.
Na outra ponta, o Banco do Brasil subiu 0,79% com a expectativa pela gestão de Rubem Novaes na empresa. Ele foi indicado pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para presidir o banco no governo de Jair Bolsonaro.
A Saraiva PN, que não está no Ibovespa, caiu 13,88%, menor cotação de fechamento da sua história, após a maior rede de livraria do país pedir recuperação judicial ao não conseguir acordo com fornecedores para renegociar dívidas.
Na véspera, a bolsa fechou em alta de 0,24%, aos 87.477 pontos.
Nesta sexta, os preços do petróleo recuaram para o menor nível do ano, em direção ao maior declínio mensal desde o fim de 2014, em meio às preocupações de excesso de oferta global.
Já o preço do minério de ferro e de outras commodities metálicas foi pressionado pela apreensão global em relação ao estado da economia chinesa em meio às disputas comerciais entre China e Estados Unidos.