Economia O dólar tem a maior queda diária em um mês
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2017
O dólar fechou em queda nessa sexta-feira frente ao real, seguindo o mercado externo após divulgação de inflação dos Estados Unidos mais fraca do que o esperado em setembro, aliviando temores de que o banco central do país possa elevar os juros mais do que o esperado, destaca a Reuters. O dólar recuou 0,66%, a R$ 3,1491 na venda, depois de ter batido R$ ,1485 na mínima do dia. Na semana, a moeda acumulou queda de 0,3%.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram 0,5% em setembro, o maior avanço em oito meses, com os preços da gasolina subindo após as interrupções da produção relacionadas com os furacões, mas a inflação permaneceu fraca.
Com isso, o mercado ficou mais aliviado e reduziu temores de que o Fed poderia elevar mais do que o esperado os juros no país. Na quarta-feira, ao divulgar sua ata, o banco central dos EUA informou que vários de seus membros disseram que irão se concentrar nos dados de inflação nos próximos meses ao decidir sobre os juros no futuro.
O mercado precificava que o Fed elevará novamente os juros em dezembro, o que seria a terceira vez neste ano. Taxas mais altas tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.
Após a divulgação dos dados de inflação, o dólar passou a recuar frente a uma cesta de moedas e ao euro também perdia terreno frente a divisas de países emergentes, como o peso chileno .
Internamente, a cena política continuava no radar dos investidores, à espera dos desdobramentos da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. Na próxima semana, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa deve votar o parecer do relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que sugeriu a rejeição da denúncia.
Bovespa
O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nessa sexta-feira, renovando mais uma vez a máxima de fechamento, com as ações da Vale e de siderúrgicas entre as maiores altas do pregão após ganhos em preços de commodities na China, destaca a Reuters. O Ibovespa subiu 0,43%, a 76.989 pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 1,23%.
Vale ON avançou 5,82%, acompanhando o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, que subiram 5,1% na bolsa de Dalian nesta sexta-feira.
Usiminas PNA teve alta de 6,39%, CSN ON subiu 5,91% e Gerdau PN ganhou 3,81%, também na esteira da alta nos contratos futuro de minério de ferro e de aço na China.
Petrobras PN fechou estável, enquanto Petrobras ON teve baixa de 0,36%, anulando as altas vistas mais cedo, a despeito dos ganhos nos preços do petróleo no mercado internacional.
Grupo Pão de Açúcar PN perdeu 3,96%, Lojas Americanas PN caiu 3,22%, entre as maiores perdas do Ibovespa, com o setor de varejo pressionado pela expectativa de avanço das operações no Brasil da maior empresa de comércio eletrônico do mundo, a norte-americana Amazon.
OI PN subiu 23,76% e OI ON avançou 14,98%, após a empresa de telefonia entregar na noite de quarta-feira seu plano de recuperação judicial, considerado por analistas como benéfico aos atuais acionistas da companhia que listou dívidas de mais de R$ 65 bilhões e que pode ser alvo de ação de intervenção do governo federal.
