Geral O dono de uma revista pornográfica oferece uma recompensa de 10 milhões de dólares por qualquer informação que possa motivar um impeachment de Donald Trump
Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2017
O polêmico empresário norte-americano Larry Flynt, dono da revista pornográfica “Hustler”, publicou nesse domingo um anúncio de página inteira no jornal “The Washington Post”, oferecendo 10 milhões de dólares por qualquer informação que permita destituir Donald Trump do cargo de presidente dos Estados Unidos.
“Não espero que os amigos multimilionários de Trump o delatem, mas acredito que haja muita gente que sabe de coisas [que incriminem Trump] e para quem uma quantia de 10 milhões de dólares parecerá bastante dinheiro”, ressaltou Flynt no texto.
Flynt reconhece que, no passado, já recorreu a esse método para acabar com a carreira de políticos do Partido Republicano, o mesmo do atual chefe da Casa Branca e que historicamente é associado a segmentos mais conservadores dos país. “Diante da crise atual, eu decidi aumentar a recompensa e tenho a intenção de pagar toda essa quantia”, frisou.
O dono da revista pornográfica coloca em dúvida a legitimidade da vitória de Trump (em novembro do ano passado) e resume as polêmicas que envolvem o seu mandato, desde a suposta ingerência da Rússia nas eleições norte-americanas até a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas.
“Porém, o mais preocupante é que, muito antes de acontecer um apocalipse climático, Trump pode desencadear uma guerra mundial nuclear”, alertou Flynt. “Um impeachment pode ser um tema desagradável e que leve à disputa, mas a alternativa que nos resta – mais três anos de um disfunção desestabilizadora – é ainda pior.”
Processos
Flynt, 74 anos, é fundador e presidente da LFP (Larry Flynt Publications, grupo responsável por diversos projetos, sobretudo no segmento pornográfico, incluindo vídeos e revistas, com destaque para a revista “Hustler”. A sua trajetória é marcada por diversas batalhas judiciais, com processos contra ele devido ao conteúdo que produz.
O empresário norte-americano tem a sua locomoção limitada a uma cadeira de rodas desde 1978, quando foi baleado pelo racista Joseph Paul Franklin. O motivo do atentado foi a inconformidade do agressor com um ensaio fotográfico da revista “Hustler” que mostrava nus um homem negro e uma mulher branca.
A sua vida foi retratada no cinema pelo filme “O Povo Contra Larry Flynt”, de 1996, dirigido por Milos Forman e estrelado por Woody Harrelson, Edward Norton e Courtney Love. O longa-metragem recebeu duas indicações para o Oscar nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Ator principal, além do Globo de Ouro de Melhor Diretor e Melhor Roteiro.
A produção também foi indicada nas categorias de Melhor Filme (drama), Melhor Ator (Woody Harrelson) e Melhor Atriz (Courtney Love). No Festiva de Berlim (Alemanha), recebeu o Urso de Ouro no ano seguinte.
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