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Geral O Egito pediu à Interpol, a polícia internacional, que localize o busto leiloado de Tutancâmon

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A casa de leilões Christie's, de Londres, leiloou peça por quase US$ 6 milhões. (Foto: Reprodução)

O Egito solicitou à Interpol (a polícia internacional) que localize o busto de Tutancâmon leiloado em Londres por quase US$ 6 milhões (R$ 23 milhões) apesar da oposição do Cairo, anunciaram pessoas do governo egípcio.

A casa de leilões Christie’s vendeu a relíquia de quartzito, de 28,5 centímetros de altura em uma de suas vendas mais polêmicas em muitos anos. O busto, de mais de 3.000 anos de antiguidade, representa o deus Amon com os traços do faraó Tutancâmon, “uma forma de pôr o governante no mesmo nível que os deuses”, explicou a casa de leilões.

Não foi fornecida nenhuma informação sobre o comprador, que arrematou a peça no leilão realizado na quinta-feira passada (4).

Nesta terça-feira (9), o NCAR (Comitê Nacional para a Repatriação de Antiguidades) do Egito informou que, após uma reunião de emergência, os procuradores solicitaram à Interpol a “publicação de uma circular para localizar” o busto, alegando a falta da documentação necessária à venda.

“O comitê expressa seu profundo descontentamento com o comportamento pouco profissional” que permitiu “vender antiguidades egípcias sem proporcionar os documentos sobre propriedade e provas de exportação legal a partir do Egito”.

O NCAR solicitou ainda ao Reino Unido que “proíba a exportação dos objetos vendidos” até que as autoridades egípcias tenham acesso aos documentos solicitados.

O arqueólogo egípcio  Zahi Hawass, ex-ministro das Antiguidades, considera que a obra “saiu do Egito nos anos 1970, porque nessa época outros objetos antigos da mesma natureza foram roubados do templo de Karnak”, em Luxor.

“A Christie’s não sabe nos dizer quando foi roubado” e “os proprietários forneceram informações falsas”, afirmou em declarações à AFP após o executivo do Cairo pedir, em junho, que a casa de leilões cancelasse a venda desta peça e de outros objetos do antigo Egito.

A casa de leilões publicou uma cronologia mostrando como o busto foi passando de mão em mão durante os últimos 50 anos e garantiu que “não venderia qualquer obra sem um documento claro sobre sua propriedade”.

Polêmica

No Cairo, Zahi Hawall, ex-ministro de Antiguidades, disse, antes do leilão que o governo pretende levar a Christie’s à Justiça já que “até agora não mostraram nenhum documento legal que demonstre a propriedade [do busto]”.

Ainda segundo o especialista, a peça corresponde à 18º Dinastia, “de cerca de 1.500 anos antes de nossa era”.

“Acreditamos que saiu do Egito em 1970, época em que foram registrados vários roubos importantes no templo de Karnak”, completou.

Essa disputa entre Londres e Cairo ocorre em pleno debate sobre o retorno das obras de arte a seus países de origem, como ilustrado na questão dos frisos do Partenon conservados no Museu Britânico de Londres e reivindicados por Atenas durante décadas.

O Chile também negocia há meses com o museu para recuperar, talvez como empréstimo a longo prazo, o moai Hoa Hakananai’a, o de maior valor espiritual para a Ilha de Páscoa.

 

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