Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de março de 2019
Carlos Vecchio, indicado pelo autodeclarado presidente interino Juan Guaidó como embaixador da Venezuela nos Estados Unidos, assumiu nesta segunda-feira (18) em nome do governo opositor três sedes diplomáticas nos Estados Unidos: duas sedes militares em Washington e o consulado venezuelano em Nova York.
A ação foi apoiada pelo governo americano. Segundo Vecchio, nos próximos dias outros consulados serão assumidos pelo governo Guaidó, e os serviços para cidadãos venezuelanos nos EUA serão progressivamente reativados.
Em seu perfil no Twitter, Vecchio informou ter recebido a bandeira venezuelana e a cadeia de comando das mãos do coronel José Luis Silva. Em janeiro, Silva anunciou que, como adido militar da embaixada da Venezuela, tinha decidido jurar lealdade a Guaidó como presidente interino venezuelano e romper fileiras com o governante Nicolás Maduro.
Na época, em entrevista à agência EFE, Silva disse que ainda se considerava “o adido de defesa da Venezuela” e que responderia às ordens de Guaidó e de Vecchio, que deu as boas-vindas ao coronel e lhe comunicou que poderia fazer parte de sua equipe diplomática em Washington.
Destruição
Vecchio também publicou fotos mostrando paredes e tetos degradados e reclamou do mau estado de conservação dos imóveis.
Segundo ele, a imprensa testemunhou “a destruição deixada pelo regime usurpador. Eles desmantelaram a rede consular em detrimento de milhares de cidadãos venezuelanos no #EEUU e do patrimônio saqueado para a #Venezuela”.
Os EUA reconheceram em janeiro Vecchio como embaixador da Venezuela. Quase imediatamente, o venezuelano criou um equipe diplomática integrada, entre outros, por Gustavo Marcano, que cumpre as funções de ministro conselheiro nos EUA e foi prefeito do município Diego Bautista Urbaneja, situado em Lechería, no estado de Anzoátegui, no leste da Venezuela.
Vecchio, um dos dirigentes mais experientes e representativos do partido opositor Vontade Popular, tomou diferentes ações para fortalecer Guaidó – desde uma conferência para arrecadar fundos para a Venezuela até reuniões com os diretores da Citgo, a filial da companhia petrolífera estatal venezuelana, PDVSA, nos Estados Unidos.
Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela. O político, que preside a Assembleia Nacional Venezuelana (parlamento), invocou em 23 de janeiro artigos da Constituição para reivindicar a presidência, pois, na sua opinião, ela está sendo “usurpada” por Maduro.