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Geral Condenado pela morte de um amigo que ficou com sua esposa, Alemão Caio foi encontrado morto na Penitenciária de Osório

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Alemão Caio foi condenado a 41 anos e três meses de prisão. (Foto: Márcio Daudt/TJ-RS)

O empresário e ex-surfista Carlos Flores Chaves Barcellos, conhecido como Alemão Caio, condenado pela morte de um amigo que havia ficado com sua ex-mulher, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (21) em uma cela na Penitenciária Modulada de Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Segundo informações da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), ele teria se suicidado durante a madrugada.

Alemão Caio dividia a cela com mais um apenado, que estaria dormindo no momento da morte do ex-surfista, de 62 anos. Uma sindicância da Susepe investigará o caso.

Condenação

Carlos Flores Chaves Barcellos foi condenado a 41 anos e três meses de reclusão, em regime fechado, pelo homicídio triplamente qualificado de José Augusto Bezerra de Medeiros Neto, o Zeca Bezerra, pela tentativa de homicídio duplamente qualificado da ex-mulher Ivanise Menezes Chaves Barcellos e por porte ilegal de arma de fogo.

O réu matou Zeca Bezerra – namorado da sua ex-mulher – a facadas e tentou balear Ivanise em Torres, no Litoral Norte, em 2011. O julgamento foi concluído no dia 13 de setembro na 1° Vara Criminal da Comarca de Torres, após o júri ter sido cancelado cinco vezes. Atuou pela acusação o promotor de Justiça Eugênio Amorim e na defesa os advogados Mateus Marques, Marçal Carvalho e Fabiano Feliciano.

O promotor de Justiça defendeu que o crime foi premeditado, pela inconformidade com o fim do relacionamento com Ivanise e o namoro dela com Zeca. A defesa afirmou que o réu matou Zeca, mas, em relação a Ivanise, não teve a intenção de matá-la. Assim, pediu a desclassificação do crime de tentativa de homicídio para lesões corporais. Falou sobre o relacionamento de Alemão Caio e Ivanise, marcado por uma série de momentos felizes e tristes. Assumiu que o réu era viciado em álcool e drogas.

“Isso não o tornou melhor ou pior. Mas tornou o relacionamento com Ivanise doentio”, disse, ressaltando que o empresário era um bom pai e que Ivanise levou tempo para tomar a atitude de se separar. “Ele não aceita perder. Ele se prepara para buscar aquilo que é dele, na cabeça dele. Ele acha que pode reconquistar a família se não tiver o seu maior adversário.”

A defesa afirmou concordar com a condenação pelo homicídio de Zeca, mas disse que “em nenhum momento ele quis matar a ex-esposa”. Segundo Marques, Caio teve duas oportunidades de matar Ivanise e não o fez porque o alvo era Zeca.

Carvalho defendeu o afastamento das qualificadoras (motivo torpe, meio cruel e emboscada). Segundo ele, a jurisprudência de Tribunais Superiores considera que ciúmes não é motivo torpe. “Ele deve ser condenado nos limites da lei, dentro daquilo que ele efetivamente cometeu. Sem perfumaria.”

Considerou que não houve meio cruel. “Houve uma luta corporal”, afirmou, citando que nem o inquérito policial nem o laudo de necropsia apontam para isso. Também considerou que não houve emboscada, uma vez que a presença de Alemão Caio na casa onde ocorreu o assassinato foi anunciada pelos gritos de Ivanise.

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