Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2018
Uma testemunha do assassinato do jogador Daniel, em São José dos Pinhais, no Paraná, deu mais alguns detalhes importantes sobre o que teria acontecido naquela fatídica manhã do dia 27 de outubro.
Identificada apenas como Evelin, a moça de 19 anos de idade teve um relacionamento com Daniel na noite anterior ao crime. Em seu depoimento à polícia paranaense, ela revelou que Edison Brittes agrediu sua mulher, Cristiana Brittes, antes de matar o atleta.
“Durante o dia, por volta das 14h, a testemunha se levanta e vai até a cozinha. Júnior (como é conhecido Edison Brittes) e Cristiana se sentam no sofá. Em seguida vêm os demais e se reúnem na sala. Júnior comenta que ‘havia matado o gambá’ e diz que eu vi ele no quarto com a minha mulher, vocês têm noção disso, eu não ia aguentar ele”, diz um trecho do boletim de ocorrência.
“Relatando Júnior que havia ido ao quarto e a porta estava fechada, o que estranhou, indo até a janela do quarto, onde viu Daniel no quarto, sendo que ele tentou se esconder, e então Júnior entrou no quarto deu tapas no rosto de Cris e começou a agredir Daniel”, completa o documento.
A testemunha deixou claro que, em nenhum momento,Cris acusou o jogador de estupro.Após a sessão de espancamento,Cris disse para as pessoas na casa não deixarem Edison fazer nada. O assassino ainda questionou a esposa:”Você está defendendo esse vagabundo?”.
Evelin disse ainda que Edison mandou que ela, outros convidados, Allana (filha do casal) e Cristiana limpassem o sangue que se espalhou pelo quarto após as agressões. Edison teria pedido uma outra mulher, identificada como Taís, para limpar a parte externa da casa.
A testemunha contou para polícia que viu Daniel se mexendo antes de sair da casa e ser colocado dentro do veículo, o que indica que ele ainda estaria vivo – confirmando os relatos de outras testemunhas.
Por fim, a jovem ainda relatou que viu um dos convidados, que não foi preso e também não está sendo investigado, indo até a cozinha e pegando a faca usada no crime contra Daniel .”Uma faca grande, lisa, de cortar carne”, descreveu.
Colegas
A Polícia Civil do Paraná voltou a ouvir testemunhas e suspeitos do caso do jogador Daniel Freitas, de 24 anos, morto após uma festa em São José dos Pinhais. Detalhes foram fornecidos aos investigadores sobre como teria ocorrido a morte do jovem. Eduardo Henrique da Silva, de 20 anos, que está preso, disse que o empresário Edison Brittes convidou colegas que estavam na festa a participar da castração da vítima.
Eduardo deu um depoimento de três horas e meia entre a manhã no começo da tarde desta segunda-feira, 12, e confirmou as participações dele, de Ygor King, de 19, e David Willian da Silva, de 18, além do empresário na morte do jogador. Durante o depoimento, o rapaz chegou a dizer, segundo seu advogado de defesa, Edson Stadler, que se soubesse que Edison pretendia matar Daniel não o teria acompanhado.