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Brasil Terminou a era de Eike Batista, Joesley Batista e Wesley Batista: empréstimos do BNDES para as empresas menores crescem 200%

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Atrasos exigem provisionamento para perdas no balanço financeiro do banco de fomento. (Foto: EBC)

Impulsionado por ajustes nas regras feitas no ano passado, o BNDES FGI, fundo garantidor para empresas de menor porte administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), registrou aumento de 200% no valor dos empréstimos garantidos nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com igual período de 2016. O ritmo da entrada de novos financiamentos no fundo está em torno de 1 bilhão de reais ao ano, mas há espaço para acelerar, segundo a instituição.

O banco aposta em um novo ajuste, que pode ser adotado já em agosto, para dobrar esse valor para 2 bilhões de reais ao ano, disse o superintendente de Comércio Exterior e Fundos Garantidores, Leonardo Pereira.

A falta de garantias é um dos principais entraves para que as companhias de menor porte acessem financiamentos do BNDES. Mesmo nas linhas específicas, é comum uma pequena empresa não poder pedir o empréstimo porque não atende exigências, como uma garantia corporativa, ou não tem como arcar com o custo de uma fiança bancária.

Tanto que, até dezembro de 2016, 64,5% das 24.105 empresas que contrataram operações no BNDES com garantia do FGI nunca tinham tomado crédito no banco de fomento. Ou seja, a garantia do fundo foi necessária para viabilizar o primeiro financiamento. “É um dos indicadores que mostram a efetividade do FGI”, disse Pereira.

No ano passado, o BNDES fez mudanças no FGI. Uma delas foi ampliar o limite do valor a ser garantido sem contragarantias, de 1 milhão para 3 milhões de reais. Até esse valor de garantia, a empresa só precisa apresentar aval dos sócios. “É um valor bem adequado para financiamentos a empresas que faturam de 15 milhões a 40 milhões de reais”, afirmou Pereira.

Outra mudança foi a melhoria das condições nas garantias para empréstimos de outros bancos. Só em 2015, o FGI passou a aceitar financiamentos de bancos que não o BNDES. “Essa modalidade é recente, então ela ainda tem poucas operações. A grande maioria é com o BNDES”, disse Fernando Mantese, chefe do Departamento de Política e Gestão de Instrumentos de Garantia do BNDES.

Essas mudanças, somadas a um crescimento na demanda nas operações indiretas, especialmente no Progeren (linha de capital de giro do BNDES), explicam o crescimento de 200% no FGI este ano, segundo os executivos. Em 2016, o valor dos financiamentos garantidos já havia saltado 31%.
Ainda assim, até o fim de maio, o FGI havia garantido só 4,4 bilhões de reais, de um total de 6 bilhões de reais em financiamentos realizados, menos da metade do máximo que o fundo pode garantir, que é 10,9 bilhões de reais. Ou seja, há espaço para crescer. Embora destaquem que o crescimento do FGI depende da maturação da carteira, os executivos do BNDES apostam em mais mudanças.

O foco agora é a rede de bancos repassadores do crédito do BNDES. No diagnóstico de Pereira, em parte, o FGI não é mais utilizado porque os agentes financeiros não oferecem o produto a seus clientes. Um dos motivos é que o FGI trabalha com parâmetros e regras de diligência e análise de risco diferentes dos bancos privados, segundo Mantese.

 

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