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Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2017
Após vazamentos das provas e do tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2016, o Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pela avaliação, vai utilizar detectores de equipamentos eletrônicos e de transmissões de banda larga para evitar que candidatos recebam informações externas.
Os detectores serão usados pelos aplicadores do exame e são capazes de identificar pontos eletrônicos, Wi-Fi e Bluetooth. Ao verificar a presença destes itens, há um alerta por gráfico, alarme ou vibração. Os equipamentos serão utilizados em todos os Estados, segundo o MEC. No entanto, a quantidade e as cidades não foram divulgados por segurança.
Outra novidade é que provas também serão personalizadas com os nomes e números de inscrição dos quase 8 milhões de candidatos.
As medidas foram apresentadas também como uma compensação à diminuição de 35% do uso de detectores de metais nos locais de prova. Nos últimos anos, foram utilizados mais de 80 mil unidades do modelo. No entanto, com a rescisão do contrato do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos, no início de deste ano, o Inep foi à Justiça pedir que a empresa devolvesse os equipamento. A Justiça, no entanto, decidiu que o material pertence ao Cebraspe. Com isso, neste ano, serão usado apenas 29 mil detectores de metais, o que, segundo o Inep, garante dois equipamentos por cada uma das 13 mil coordenadorias de prova. O excedente será distribuído em pontos estratégicos conforme a orientação da Polícia Federal.
“Buscamos inteligência em segurança de aplicação de provas em diversos países. Hoje no mundo da tecnologia, eles se utilizam de pontos eletrônicos e celular com Bluetooth. São criminosos darwinianos, a cada ano só os melhores sobrevivem com o uso da tecnologia”, disse o delegado da Polícia Federal, Franco Perazzoni.