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Geral O envio de jatos russos à Venezuela indica corrida armamentista na América do Sul

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O presidente russo, Vladimir Putin (D), recebe o colega venezuelano, Nicolás Maduro, em Moscou. (Foto: Reprodução)

Dois bombardeiros estratégicos russos pousaram na segunda-feira (10) na Venezuela para a realização de exercícios militares conjuntos, indicando uma possível corrida armamentista na América do Sul. Além dos dois aviões – do modelo Tu-160, com capacidade nuclear –, viajaram à Venezuela mais de cem funcionários do governo russo. A delegação foi recebida no aeroporto Simón Bolívar, próximo a Caracas, por oficiais das Forças Armadas venezuelanas.

A demonstração de apoio da Rússia ocorre em um momento de crescente isolamento internacional do regime de Nicolás Maduro. Nos últimos meses, governos da região lançaram especulações sobre uma possível intervenção militar como resposta à crise humanitária na Venezuela.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou o envio dos aviões russos à Venezuela. “Os povos russo e venezuelano devem ver isto pelo que é: dois governos corruptos desperdiçando dinheiro público, suprimindo liberdades enquanto seus povos sofrem”, declarou.

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou que os exercícios militares facilitam a troca de experiência com o Exército russo. “Somos construtores da paz, e não da guerra”, disse.

Tensão Otan-Moscou na vizinhança

A presença militar russa na Venezuela traz para a América do Sul tensões geopolíticas globais. Em junho, a vizinha Colômbia firmou uma parceria com a Otan, tornando-se o primeiro país latino-americano a selar laços com a aliança militar ocidental.

A parceria entre a Venezuela e a Rússia começou a ser forjada em 2005, ainda no período em que Hugo Chávez era presidente (1999 – 2013). Com as sucessivas eleições de governantes de direita na região, inclusive no Brasil com Jair Bolsonaro (PSL), o chavismo perdeu parceiros internacionais importantes e se tornou mais dependente de países como Cuba, Rússia e Turquia.

Na semana passada, Maduro visitou o presidente Vladimir Putin em Moscou e pediu ajuda financeira para conter a crise econômica no país. O venezuelano disse ter atraído até US$ 6 bilhões (R$ 23 bilhões) em investimentos russos nos setores do petróleo e de mineração.

Complô

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos de pretenderem derrubá-lo e até assassiná-lo, em um suposto complô que envolveria os governos dos vizinhos Brasil e Colômbia. “Chegou até nós boa informação (…) de que John Bolton (conselheiro de Segurança Nacional dos EUA), desesperado, ordenou missões de provocações militares na fronteira”, disse.

O presidente venezuelano disse que essas informações foram passadas por Bolton para o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Ele já havia denunciado que Washington havia lançado um plano para lhe dar um golpe com o apoio da Colômbia, mas, na ocasião, não mencionou o Brasil.

Bolton e Bolsonaro reuniram-se no dia 29 de novembro, no Rio de Janeiro, na primeira reunião de alto nível entre um representante do governo de Donald Trump e a equipe do futuro governo. “As forças militares brasileiras querem a paz e ninguém no Brasil quer que o novo governo de Jair Bolsonaro se envolva em uma aventura militar contra o povo da Venezuela”, ressalvou Maduro em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros.

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