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Brasil Empresa ligada ao Pentágono teria coletado dados do Facebook

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O acesso às informações ajudou a traçar perfis de eleitores americanos e facilitou direcionar propaganda política. (Foto: Freepik)

Mais uma empresa se soma ao escândalo do uso, sem autorização, de dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica (CA) com fins eleitorais, segundo documentos obtidos pelo “New York Times”. A consultoria de marketing político digital recebeu ajuda – desde o início de suas operações de coleta irregular de informações – de ao menos um funcionário da Palantir Technologies, que trabalha para agências de Inteligência dos EUA e o Pentágono.

A Palantir foi criada pelo cofundador do sistema online de pagamentos PayPal, Peter Thiel, investidor inicial do Facebook e partidário de Donald Trump. Na terça-feira, o cofundador da CA e delator do escândalo, Christopher Wylie, mencionou a relação da consultoria com a Palantir. CRIAÇÃO PREMEDITADA DE ‘APP’ Segundo o “NYT”, foi Alfredas Chmieliauskas, desenvolvedor da Palantir, quem sugeriu a criação de um aplicativo para obter acesso a dados pessoais de usuários do Facebook e de amigos desses usuários.

A partir daí, a Cambridge Analytica teria contratado o pesquisador e psicólogo Aleksandr Kogan para desenvolver o teste de personalidade “This is your digital life” (Esta é sua vida digital), que perguntava aos usuários se eles eram extrovertidos, vingativos, se concluíam os projetos que começavam, se tinham tendência de se preocuparem ou se gostavam de arte, entre outras questões que ajudavam a traçar perfis psicológicos. Quem respondia ao teste recebia em troca uma suposta previsão do futuro, sem saber que o aplicativo era só uma fachada.

O método foi usado para reunir dados de 270 mil usuários do Facebook e ainda de amigos virtuais das pessoas que utilizaram o aplicativo na rede social. Com isso, foram coletados dados de 50 milhões de pessoas. O acesso às informações ajudou a traçar perfis de eleitores americanos e facilitou direcionar propaganda política elaborada pela CA. A consultoria foi contratada pela campanha de Trump em 2016, bem como por candidatos republicanos no pleito legislativo de 2014.

A Palantir inicialmente disse que nunca teve relação com a CA, mas depois admitiu que um funcionário esteve em contato com a consultoria. A empresa disse que ele “se engajou em capacidade inteiramente pessoal com pessoas associadas à CA”.

Segundo e-mails obtidos pelo “NYT”, Wylie e Chmieliauskas começaram a trocar mensagens em 2013, ano de criação da CA. Falavam sobre como usar dados para criar mecanismos para traçar padrões comportamentais de eleitores. Uma porta-voz da Palantir reconheceu que as empresas fizeram contato, mas disse que a Palantir não firmou parceria. Wylie indicou no Parlamento britânico que não houve contrato assinado, mas que funcionários da Palantir ajudaram a modelar os métodos da CA.

Em comum, a Palantir e a Cambridge Analytica têm apoiadores da campanha de Trump por trás de sua criação. A CA foi criada com investimento de 15 milhões de dólares de Robert Mercer, doador republicano, e idealizada por Steve Bannon, ex-estrategista-chefe de Trump. Já a Palantir foi criada em 2003 por Thiel. Apoiador de Trump, o cofundador do PayPal também foi investidor inicial do Facebook e figura no conselho da rede. R

O Facebook anunciou que tomará medidas adicionais para dar aos usuários maior controle de dados privados. Antes da entrada em vigor de uma lei de proteção de dados da União Europeia em maio, a rede social adicionará um novo menu, “Atalhos de privacidade”, que permitirá revisar e excluir conteúdos compartilhados, além de recursos para baixar os dados e movê-los para outro serviço. Também será possível controlar melhor os anúncios que são vistos.

“A semana passada mostrou o quanto ainda precisamos fazer para aplicar nossas políticas e ajudar as pessoas a entender como o Facebook funciona e as escolhas que elas têm sobre seus dados”, afirmaram altas funcionárias do Facebook em um blog gerido pela rede social.

 

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