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Brasil O euro, o dólar e até a poupança renderam mais que ações em março

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O dólar avançou 2,73% no mês de março. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

No mês de março, a Bolsa apresentou uma das piores performances entre os principais investimentos no Brasil. No período, o euro foi o ativo com maior valorização, com alta de 3,56% até o último dia 28. Na sequência aparece o dólar, que registrou alta de 2,73% no período. Ao mesmo tempo, o mercado acionário enfrentou uma queda de 1,73%.

No período, os CDBs obtiveram retorno na faixa de 0,40% a 0,55%, de acordo com o valor investido e o risco de crédito da instituição emissora do ativo. E até mesmo a poupança, tão questionada em tempos de Selic baixa, registrou ganho líquido de 0,39%. No entanto, este parece ter sido um mês atípico, uma vez que a valorização da Bolsa no acumulado do ano atingiu 9,78%.

A explicação para isso está na decisão do presidente norte-americano Donald Trump de taxar as importações de aço e alumínio, que impactou o mercado acionário em todo o mundo.

Nesta segunda-feira, o dólar terminou em alta, enquanto a Bovespa acabou o pregão em baixa, diante de um cenário de cautela dos investidores no exterior e no mercado local. Os motivos de preocupação são a retaliação da China contra os Estados Unidos e o habeas corpus de Lula. O índice de ações perdeu 0,82%, encerrando aos 84.666 pontos, e a moeda americana subiu 0,36%, cotada a R$ 3,3151.

Para o administrador de investimentos Fábio Colombo, este dois fatores devem continuar ditando o ritmo do mercado. “No setor externo, em março, o fato mais importante foi a taxação de produtos importados do setor siderúrgico e de alumínio, fato que impactou fortemente as bolsas ao redor do mundo devido ao receio de guerra comercial em escala global”, pontuou, em nota.

Na avaliação do professor de economia do Insper, Ricardo Rocha, o efeito da decisão ao redor do mundo era esperado e deve continuar repercutindo no curto prazo. “Por enquanto o Brasil não está sendo taxado, mas ainda não sabemos como será a sanção após o fim do prazo das negociações. Além disso, o ambiente interno também é preocupante e terá efeitos sob a Bolsa”, diz. Para ele, a incerteza política ainda é o principal fator de risco para o mercado interno.

Os especialistas apontam que, durante o mês de abril, os dados de crescimento das economias da China, Estados Unidos e Europa devem ser acompanhados de perto para entendimento do comportamento do mercado. Além disso, a política monetária dos EUA frente a pressão inflacionária também merece atenção. No Brasil, os índices de inflação e a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também devem ditar os movimentos do mercado, junto ao julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula.

“Nosso cenário interno é mais preocupante do que a questão do aço neste momento”, opina Rocha.

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https://www.osul.com.br/o-euro-o-dolar-e-ate-a-poupanca-renderam-mais-que-acoes-em-marco/ O euro, o dólar e até a poupança renderam mais que ações em março 2018-04-02
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