Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de julho de 2017
O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi levado pela PF (Polícia Federal), neste sábado (1º), de Brasília (DF) para Goiânia para instalar uma tornozeleira eletrônica.
O uso do equipamento é uma das condições determinadas pelo ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), para libertar o peemedebista, que é ex-assessor especial do Palácio do Planalto.
O comboio da PF que conduziu Rocha Loures para a capital goiana deixou a superintendência da Polícia Federal em Brasília no final da manhã deste sábado.
A defesa do ex-deputado tinha a expectativa de que ele deixaria a cadeia ainda na sexta-feira (30), dia em que Fachin determinou a soltura.
No entanto, ele teve de passar mais uma noite na carceragem porque a superintendência da PF na capital federal não tinha tornozeleira eletrônica para instalar no ex-parlamentar. Por meio de nota, a corporação informou que só iria libertá-lo depois que um equipamento cedido pelo governo de Goiás fosse instalado.
Na manhã deste sábado, a PF divulgou novo comunicado para explicar que realizaria a instalação da tornozeleira para, então, “garantir o cumprimento da medida”. Além disso, a polícia declarou que não forneceria detalhes sobre a operação para “garantir a segurança”.
Condições de Fachin
Na decisão que mandou soltar Rocha Loures, Fachin considerou que não há risco de “reiteração delitiva” por parte do ex-deputado do PMDB “em face do transcurso de lapso temporal e das alterações no panorama processual”.
O relator da Lava-Jato também levou em conta decisão da Primeira Turma do STF que substituiu a prisão preventiva de familiares do senador Aécio Neves (PSDB-MG) por medidas alternativas.
No despacho de sexta-feira, Fachin determinou que Rocha Loures tem que cumprir as seguintes condições para permanecer em liberdade:
* Deverá permanecer em casa à noite (das 20h às 6h), nos finais de semana e em feriados, fiscalizado por monitoramento eletrônico (tornozeleira);
* Não poderá ter contato com qualquer investigado, réu ou testemunha relacionados aos atos pelos quais responde;
* Está proibido de deixar o país e deverá entregar o passaporte;
* Terá de comparecer em juízo sempre que requisitado para informar e justificar suas atividades, mantendo informado o endereço no qual poderá ser encontrado.