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Esporte O ex-executivo argentino Alejandro Burzaco disse que pagou quase 3 milhões de dólares em propinas ao ex-presidente da CBF José Maria Marin

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Marin, na foto, e os demais cartolas negam que cobraram e receberam as propinas. (Foto: Agência Brasil)

O empresário argentina Alejandro Burzaco afirmou ter pago US$ 2,7 milhões (R$ 8,8 milhões de reais em valores atuais) em propinas a José Maria Marin, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Preso nos Estados Unidos, o sócio do grupo de marketing esportivo Torneos y Competencias, da Argentina, diz que o acerto com o cartola brasileiro previa ainda o pagamento de US$ 6 milhões (R$ 19 milhões) a receber, caso o esquema não tivesse sido descoberto. Juán Ángel Napout, ex-chefe do futebol do Paraguai, e Manuel Burga, chefe do esporte no Peru, teriam recebido US$ 4,5 milhões e US$ 3,6 milhões em propina cada um.

Burzaco está em prisão domiciliar há dois anos em Nova York (EUA) e fechou um acordo de delação premiada com a Justiça norte-americana, ainda aguarda a sua sentença, que pode chegar a 60 anos.

Marin, o peruano Manuel Burga e o paraguaio Juan Ángel Napout são os únicos três réus entre cerca de 40 indiciados pela Justiça americana que se declaram inocentes no escândalo de corrupção – a suspeita é que eles receberam quase R$ 500 milhões em propina ao longo das últimas duas décadas.

Propinas de TVs

Também durante depoimento nos EUA, Burzaco disse que a TV Globo, a mexicana Televisa e sua empresa de marketing esportivo, Torneos y Competencias, pagaram juntas US$ 15 milhões em propina a Julio Humberto Grondona, ex-chefe do futebol argentino, pelos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2026 e 2030.

O valor, que garantia direitos de TV, rádio e internet para os eventos esportivos, teria sido depositado no banco Julius Bär, sediado na Suíça.
Essa conta era controlada pela T&T, empresa criada pelo grupo de Burzaco para fazer pagamentos com verbas ilícitas. De acordo com ele, os valores pagos eram abaixo do mercado para que pudessem ser inflados com propinas.

Na Corte do Brooklyn, ele chorou no início do segundo dia de depoimentos, interrompendo o julgamento. Isso foi menos de 24 horas depois do suicídio de um advogado argentino citado por ele como um dos que receberam propina no esquema – Jorge Delhon se jogou na frente de um trem em Buenos Aires (Argentina).

Procurado, o Grupo Globo, detentor da TV Globo, manteve o mesmo posicionamento que havia passado na última terça-feira (14) após ter seu nome citado em pagamento de propinas para diversos torneios internacionais.

Em nota, o grupo afirma “veementemente” que “não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina”.

“Após mais de dois anos de investigação [o Grupo Globo] não é parte nos processos que correm na Justiça americana”, lembra a empresa no comunicado.

O Grupo Globo afirma ainda que conduziu “amplas investigações internas” desde que o escândalo da Fifa (entidade máxima do futebol mundial) foi revelado, em 2015. Nelas, ainda segundo o comunicado, foi apurado que o Grupo Globo “jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos”.

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