Terça-feira, 23 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
28°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política O ex-ministro Antonio Palocci continuará preso mesmo após ter sua delação premiada homologada

Compartilhe esta notícia:

Conteúdo da colaboração foi divulgado a menos de uma semana das eleições. (Foto: Agência Brasil)

Quem acompanhou o processo adianta que Antonio Palocci não fez a “delação do fim do mundo”. Motivo: nos acordos fechados com a PF (Polícia Federal), os benefícios só são concedidos depois de comprovadas as informações. O que o obriga a contar apenas o que pode realmente provar.

 Dessa forma, Palocci não será solto até que a PF comprove as informações que delatou e que só agora, com a homologação, serão investigadas. Nas delações do MPF (Ministério Público Federal), o delator recebe o benefício de antemão. A PF acha que seu modelo é mais eficaz. “Se eu pagar antes, o pedreiro não termina a obra”, disse um delegado.
Homologação
O acordo de delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci foi homologado pelo desembargador João Pedro Gebran Neto do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre, na sexta-feira. Em abril, Palocci assinou com a PF de Curitiba e, desde então, ele aguardava a homologação da Justiça para validar o acordo. O ex-ministro está preso na Superintendência da PF da capital paranaense desde 2016. O MPF emitiu um parecer contrário a homologação da delação.

Há uma disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal em torno da competência dos órgãos para tratar de colaborações. O Supremo Tribunal Federal, no entanto, decidiu na quarta-feira que a PF e as polícias civis estaduais podem firmar acordos de delação premiada com investigados, mesmo sem a anuência do Ministério Público – 8 dos 11 ministros votaram nesse sentido.

Palocci foi condenado pelo juiz Sérgio Moro em junho do ano passado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em ações da Lava-Jato já em curso, o petista já prestou depoimentos em que confessou crimes e revelou suposto “pacto de sangue” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o empreiteiro Emílio Odebrecht.

A Lava-Jato apreendeu R$ 70 milhões de Palocci. Investigadores informaram que ele vai sair com R$ 35 milhões, ou seja, a Justiça deverá manter o confisco de apenas metade daquele montante.

Em interrogatório no âmbito de ação penal em que Lula responde por supostas propinas de R$ 12,5 milhões da Odebrecht, Palocci confessou negociar propinas em 2010, quando teria sido acertado um pacto de R$ 300 milhões em corrupção ao PT.

Outra sinalização do acordo foi a carta de desfiliação do PT, redigida de próprio punho e divulgada em setembro de 2017, em que incriminava Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff.

“Não posso deixar de registrar a evolução e o acúmulo de eventos de corrupção em nossos governos e, principalmente, a partir do segundo governo Lula”, escreveu.

A colaboração deve fortalecer as acusações contra Lula, condenado e preso na Lava-Jato, e abrir frentes de investigação ligadas aos setores financeiro e automobilístico, além do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Homem de confiança dos dois governos petistas, Palocci buscou a PF após sua negociação com o Ministério Público Federal não avançar.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

O nível de confiança do povo brasileiro nos partidos políticos caiu para um dos menores índices da história
Ciro Gomes promete espaço ao DEM, PP, PRB, SD, caso esses partidos o apoiem
https://www.osul.com.br/o-ex-ministro-antonio-palocci-continuara-preso-mesmo-apos-ter-sua-delacao-premiada-homologada/ O ex-ministro Antonio Palocci continuará preso mesmo após ter sua delação premiada homologada 2018-06-23
Deixe seu comentário
Pode te interessar