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Brasil O ex-ministro Geddel Vieira Lima disse à Polícia Federal que “não faria sentido” ele receber dinheiro do ministro Eliseu Padilha em 2014

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O ex-ministro Geddel Vieira Lima alega que era oposição à chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. (Foto: Reprodução)

O ex-ministro Geddel Vieira Lima disse, em depoimento à PF (Polícia Federal), que “não faria sentido” o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) abastecer financeiramente a sua campanha ao Senado pela Bahia em 2014. Geddel alega que era oposição à chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, campanha coordenada também por Padilha. As informações são do blog de Andréia Sadi, do portal de notícia G1.

A declaração de Geddel consta de depoimento no dia 10 de abril, no inquérito da Odebrecht, que está no Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito mira Padilha e o ministro Moreira Franco (Minas e Energia) – e passou a investigar, desde março, o presidente Michel Temer.

O blog obteve acesso ao depoimento. A PF pediu esclarecimentos a Geddel – que está preso – sobre o episódio envolvendo R$ 10 milhões da Odebrecht para o MDB em 2014 – uma negociação feita no Palácio do Jaburu.

Segundo o delator Lucio Funaro, R$ 1 milhão foi entregue no escritório de José Yunes, ex-assessor e amigo de Temer, que teria como destino final o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Ex-executivos da Odebrecht afirmam também aos investigadores que o dinheiro foi entregue a Eliseu Padilha, a pedido.

No depoimento à PF, Geddel afirmou que há uma “discrepância gritante” no relato de Funaro porque na época do episódio ele era oposição ao governo do PT. E que, por estar apoiando Aécio Neves (PSDB), ele não seria convidado para eventos da natureza do jantar no Jaburu.

“Portanto, não faria sentido Eliseu Padilha abastecer financeiramente a campanha do declarante, pois estaria municiando um adversário eleitoral naquele ano de 2014”, diz o depoimento.

Geddel confirmou no depoimento conhecer Funaro, mas disse que conheceu o doleiro em 2012 por conta do agravamento da doença de seu pai, que faleceu no ano passado.

Segundo Geddel, Funaro, doleiro e operador do MDB, “se prontificou a ajudar o declarante, dando sua opinião sobre médicos e tratamentos”.

Geddel disse não se recordar de quem deu seu telefone a Funaro, mas afirmou que falou com muitas pessoas pedindo orientações sobre o tratamento de seu pai.

O ex-ministro afirmou que tomou conhecimento da amizade de Funaro e do ex-deputado Eduardo Cunha pela imprensa.

Ele disse que não mantinha relações de amizade com Cunha – só com Padilha e o presidente Temer.

Perguntado se pediu a Funaro para retirar R$ 1 milhão no escritório de Yunes em 2014, ele respondeu: “peremptoriamente, não”.

Prorrogação

A PF pediu ao STF a prorrogação do inquérito da Odebrecht por 60 dias. A decisão está nas mãos do ministro Fachin, relator do caso no STF.

O blog também teve acesso ao pedido de prorrogação da PF.

Os investigadores querem mais tempo para analisar informações advindas de um laudo policial sobre as referências da Odebrecht a codinomes usados pela empreiteira para repasses de dinheiro.

Entre os codinomes, estão Angorá e Primo, usados para se referirem, segundo os delatores da empreiteira, a Padilha e Moreira Franco.

A PF também cobra no ofício que os ex-executivos da Odebrecht Claudio Melo Filho e José de Carvalho Filho forneçam os terminais telefônico que usavam em 2014, período da negociação dos R$ 10 milhões para o MDB.

Apesar do pedido, a PF ainda não recebeu os dados solicitados.

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