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Mundo O ex-presidente da Nissan deixou a cadeia e compareceu a um tribunal em Tóquio

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Tensão entre as marcas emergiu após escândalos envolvendo o ex-presidente da aliança, Carlos Ghosn. (Foto: Reprodução)

O ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, saiu pela primeira vez da cadeia após ser preso por suposta má conduta financeira, em novembro. Ele foi ouvido pela Justiça japonesa nesta terça-feira (8) e alegou inocência. Ghosn disse que agiu com aprovação de diretores da Nissan. Executivo foi preso em 19 de novembro sob a acusação de ocultar pagamentos milionários e cometer irregularidades fiscais. Após a audiência, foi levado de volta à prisão.

“Fui injustamente acusado e injustamente detido com base em alegações sem mérito e sem fundamento”, afirmou o executivo, segundo o “Wall Street Journal”. De acordo com a agência France Presse, Ghosn também afirmou que agiu com “a aprovação dos diretores da Nissan”.

Ele foi levado para uma audiência no Tribunal Distrital de Tóquio em ônibus de vidros escuros. Ghosn teve dez minutos para falar ao juiz e os advogados pediram o relaxamento imediato da prisão. O juiz japonês Yuichi Tada negou o pedido, alegando que o executivo poderia adulterar evidências ou fugir do país.

Ghosn é acusado esconder metade de sua renda ao fisco japonês, entre os anos de 2010 e 2015 e de adulterar documentos da Nissan para parecer que seus vencimentos eram bem inferiores ao que de fato ganhava.

Ele também é acusado de ter feito a Nissan acobertar “perdas em investimentos pessoais” durante a crise financeira de outubro de 2008, o que ele nega, segundo seus advogados citados pela imprensa japonesa. A quantia em jogo chega a 1,85 bilhão de ienes (em torno de 16,6 milhões de dólares).

Para resolver este problema financeiro, teria conseguido que um amigo da Arábia Saudita o avalizasse e teria feito transferências por uma quantia equivalente na conta deste último, partindo de uma conta de uma filial da Nissan.

Esse tipo de delito normalmente prescreve ao fim de 7 anos, mas a lei permite suspender o correr do relógio durante as estadas no exterior – várias no caso de Ghosn, que passava apenas um terço do tempo no Japão.

Segundo a imprensa japonesa informou na sexta-feira (4), a Procuradoria também suspeita de que Ghosn tenha movimentado cerca de 45 milhões de dólares da Nissan para seus “contatos” no Líbano e em outros países.

Ghosn também está detido por uma primeira acusação de suspeita de sonegação de renda nos relatórios anuais da Nissan entregues às autoridades financeiras.

Seu braço direito, o executivo americano Greg Kelly, administrador da Nissan, detido em 19 de novembro no Japão junto com Ghosn, foi solto no dia de Natal. Em paralelo, a administração da aliança Renault-Nissan se encontra em dificuldades.

Nissan e Mitsubishi Motors tiraram Ghosn da presidência do conselho de administração, mas o grupo francês Renault o mantém no cargo até agora e entregou a diretoria-executiva, a título interino, a seu número dois, Thierry Bolloré.

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