Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2018
Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, um dos principais times de futebol de Portugal, foi preso na noite do último domingo (11) acusado de 56 crimes, incluindo terrorismo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo os investigadores, o antigo cartola teria articulado um plano para agredir jogadores e o treinador do clube. Em maio deste ano, torcedores descontentes com os resultados do Sporting foram até centro de treinamento do time, onde agiram com violência com a comissão técnica e os atletas.
Polêmicas
Após o episódio, e de uma série de polêmicas, Carvalho acabou destituído da presidência do clube por uma assembleia geral entre os sócios.
Sem precedentes
O ataque, sem precedentes no futebol português, envolveu mais de 40 torcedores, que entraram na Academia do Sporting, em Alcochete (cidade próxima de Lisboa), com o intuito de agredir os jogadores.
Tumulto
Durante 20 minutos, dois grupos de torcedores partiram à caça dos atletas e da comissão técnica nas instalações do clube. Houve tumulto no vestiário, onde a maioria tentou se refugiar.
Mais de dez jogadores relataram agressões, além do próprio técnico, Jorge Jesus.
Justa causa
Por conta da violência, diversos atletas rescindiram o contrato com o Sporting por justa causa. Um dos casos mais famosos é o de Rui Patrício, goleiro da seleção portuguesa, que se transferiu para a Inglaterra, onde atualmente defende o Wolverhampton Wanderers.
Torcida organizada
Segundo o Ministério Público português, o então presidente do clube não só sabia do plano de agredir os atletas como teria sido um de seus articuladores. Ele teria contado com a ajuda do líder da Juveleo, principal torcida organizada do Sporting.
Drogas
O chefe da organizada, Bruno de Carvalho, conhecido como Mustafá, também foi detido no domingo. Além das acusações relacionadas à violência com os jogadores, a polícia encontrou ainda drogas na sede da torcida.
Depoimento
Os dois prestam depoimento a um juiz nesta terça-feira (13) e devem seguir detidos. Outras 38 pessoas também estão presas por ligação ao episódio.
Em entrevista à TV portuguesa, o advogado de Bruno de Carvalho negou que o ex-presidente do clube de Alvalade tenha qualquer participação no caso.