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Brasil O ex-presidente Lula tentou demover Guilherme Boulos, coordenador do MTST, de eventual candidatura à Presidência em 2018

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou demover Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), de eventual pré-disposição de concorrer à Presidência em 2018. Em reunião, na terça-feira (21), a convite do ex-presidente, Boulos disse que não há decisão nesse sentido.

Mas não descartou a possibilidade de se candidatar, alegando, porém, que a antecipação do debate prejudicaria a esquerda. Segundo petistas, o ex-presidente saiu da conversa certo de que Boulos pretende concorrer, ainda que seja contra o próprio Lula. A aliados, Lula disse ter detectado uma mudança no tom de Boulos, que, até então, repetia que não o enfrentaria nas urnas. Hoje sem filiação, Boulos foi convidado a ingressar no PSOL.

Em uma tentativa sutil de dissuadi-lo, Lula argumentou que sua filiação poderia comprometer seu futuro político e o caráter apartidário do MTST, além de debilitar a consolidação do “Vamos”, movimento inspirado no Podemos espanhol que tem Bolous entre seus idealizadores. Diante de dirigentes do MTST e do Instituto Lula, o petista argumentou que, sem vinculação partidária, o movimento se tonifica.

Boulos evitou dar detalhes da reunião, mas acabou por reproduzir os argumentos expressos a Lula. “Tenho conversado com dirigentes do PSOL. Não acho que o melhor para a esquerda seja antecipar o debate de 2018”, disse.

Boulos afirmou também que agora “o foco do movimento está na mobilização e resistência”, tanto na luta por moradia como contra “ataques do governo a direitos, especialmente a retomada da reforma da Previdência”. O coordenador do MTST deixou claro que defende, por princípio, a candidatura Lula, sem que seja um endosso ao programa petista.

“Tenho grande respeito ao presidente Lula e defendo o direito de ele se candidatar. Não é questão de concordar com o programa que ele defende. Mas é uma questão democrática”, ressaltou. O MTST é atualmente um alicerce de lutas protagonizadas por Lula, tendo levado milhares de militantes às ruas contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e contra a condenação do ex-presidente. Boulos tem, no entanto, evitado qualquer associação direta com o PT.

Ele não participou, por exemplo, de qualquer atividade das caravanas lideradas por Lula no Nordeste e em Minas Gerais, por considerá-las eleitoreiras. Mas tem viajado pelo país, ao lado de dirigentes do PSOL, para a criação do Vamos. Neste sábado (25), ele estará no Recife.

Ressabiados, petistas desconfiam até da data das atividades organizadas pelo MTST, já que o movimento programou dois shows coincidentes com o encerramento das caravanas de Lula.

No domingo, 10, Caetano Veloso e convidados farão em São Paulo um show em comemoração aos 20 anos do MTST, com a presença de Maria Gadu, Criolo e Péricles. A caravana de Lula pelo Espírito Santo e Rio deverá ser marcada, na véspera, por uma visita à favela da Rocinha. A candidatura de Boulos representaria novo baque para o PT, após a decisão do PC do B de lançar a ex-deputada Manuela D’Ávila à Presidência.

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