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Mundo O ex-secretário particular de Cristina Kirchner quer fazer acordo de delação premiada em uma investigação de subornos no governo argentino

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Fabián Gutiérrez (D) pode implicar a ex-governante. (Foto: Reprodução)

O antigo secretário particular da ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2003-2015), Fabián Gutiérrez, pediu à Justiça argentina para depor como arrependido, procedimento semelhante à delação premiada no Brasil, informaram jornais de Buenos Aires.

Ele foi secretário da Presidência de 2003 a 2010 e permaneceu próximo à Cristina até ela deixar o poder em dezembro de 2015, sendo considerado uma das pessoas mais próximas ao círculo da então governante desde a sua ascensão ao poder.

Um depoimento seu poderá comprometer a ex-mandatária, já processada como suposta líder de um esquema de arrecadação de subornos com empresas privadas de até US$ 15 bilhões.

Gutiérrez depôs na sexta-feira em Buenos Aires, no âmbito da investigação do chamado “escândalo dos cadernos da corrupção”, comparada à Operação Lava-Jato no Brasil e que tem no comando o juiz Claudio Bonadio e o promotor Carlos Stornelli.

Ele foi preso na noite da última terça-feira, por ordem de Bonadio, acusado de suposto enriquecimento ilícito. O seu advogado afirmou perante a corte que o seu cliente, que trabalhou por quase três décadas com os Kirchner, está disposto a contar tudo o que sabe sobre esquemas da ex-família presidencial.

Gutiérrez foi mencionado na investigação por outro “arrependido”, o ex-secretário de Obras Públicas do governo de Cristina Kirchner José Francisco López, que afirmou que Gutiérrez o pediu para esconder US$ 9 milhões de dólares, que teriam sido encontrados em um convento. Gutiérrez teria enriquecido enquanto exercia cargos públicos.

Depois que Kirchner deixou a Presidência, Gutiérrez foi morar em El Calafate, na Patagônia, onde adquiriu várias propriedades. Segundo o jornal “Clarín”, que fez oposição ao governo de Cristina, a movimentação financeira foi tamanha que levantou suspeitas da Unidade de Informação Financeira, mecanismo de análise e investigação de crimes de lavagem de dinheiro, que o denunciou ao juiz Marcelo Martínes De Giorgi.

Arrependimento

A Lei do Arrependido foi aprovada pelo Congresso Nacional argentino no final de 2016, com o objetivo de facilitar a atuação do Poder Judiciário em casos de corrupção, pagamento de subornos, formação de quadrilha e delitos relacionados ao narcotráfico e à prostituição.

Assim como acontece no Brasil, colaboradores da Justiça argentina podem receber uma sentença menor se contribuírem com informações para esclarecer o caso em que são processados. De modo distinto à versão brasileira, entretanto, os acordos judiciais na Argentina são mais limitados e não garantem imunidade à prisão.

No caso de uma condenação à prisão perpétua, por exemplo, pode-se conseguir 15 anos de reclusão, no mínimo. Em geral, os benefícios são de redução de até 50% das sentenças. A decisão final dos tribunais está condicionada à confirmação das informações fornecidas pelos arrependidos. Se mentirem, o acordo é anulado.

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