Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2017
Depois de admitir ter vendido anúncios falsos que interferiram no processo eleitoral que levou Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, em 2016, o Facebook voltou a se manifestar sobre nova ação da Rússia na rede social.
Agora, o Facebook admite que as contas do Kremlin foram usadas para interferir no referendo Brexit, que definiu a saída do Reino Unido da União Europeia, também realizado em 2016.
Há pouco mais de dois meses, o Facebook informou oficialmente que fechará mais de 400 páginas ligadas à veiculação de anúncios falsos, relacionados às eleições presidenciais. As ações eram coordenadas por contas russas.
Em declaração enviada ao Buzzfeed, a rede social afirma que espiões russos estavam tentando manipular os resultados da votação do Brexit.
O Facebook ainda não esclareceu quais contas foram as responsáveis pelas ações ou se houve movimentação direcionada à desinformação. A rede afirmou que a interferência pode não ter gerado consequência porque as ações eram insignificantes.
Postura semelhante
É a mesma postura adotada pela rede social quando surgiram as informações sobre os anúncios falsos na eleição dos EUA. Na época, a empresa disse que os movimentos não foram relevantes e não poderiam ter interferido na vitória de Trump.
O problema é que depois descobriu-se que aquelas publicações foram vistas por cerca de 126 milhões de pessoas, número mais que suficiente para definir o resultado de uma eleição.