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Por Redação O Sul | 28 de julho de 2017
O seleto grupo das empresas cujo valor de mercado supera meio trilhão de dólares ganhou dois sócios esta semana: a Amazon, de Jeff Bezos, e o Facebook, de Mark Zuckerberg. A estreia no grupo reflete a euforia de Wall Street com as perspectivas das companhias movidas a tecnologia, que tem alimentado o apetite pela compra de ações na bolsa eletrônica Nasdaq. Ambas têm valorização superior a 40% somente em 2017.
Elas se juntam às veteranas Apple — a US$ 798 bilhões, ocupa o topo — e Microsoft, que, valendo US$ 571 bilhões, está atrás da Alphabet, controladora do Google (US$ 667 bilhões).
O Facebook passou por pouco a marca dos US$ 500 bilhões, enquanto a Amazon alcançou a marca no pregão de quarta-feira. As ações recuaram 0,7%, baixando o valor de mercado para US$ 499,96 bilhões — arredondando, porém, o ícone do comércio eletrônico continua parte do clube.
A matemática não foi tão generosa com o controlador da Amazon. Com a subida inicial das ações da empresa, da qual possui 17%, Jeff Bezos amanheceu a quinta-feira estreando na posição de maior bilionário do planeta, com fortuna de US$ 90,6 bilhões, segundo o ranking em tempo real da revista “Forbes”. Desbancava, assim, Bill Gates, dono da Microsoft, por US$ 1,4 bilhão. Mas com a queda das ações da Amazon, ao fim do dia Gates recuperou o posto de homem mais rico do mundo — que é seu desde 2013.
Trata-se da segunda vez, em quatro anos, que Bill Gates perde o topo para outro bilionário. Há um ano, o gigante de varejo Amancio Ortega se tornou a pessoa mais rica do mundo. Após dois dias, o espanhol teve a posição tomada de volta pelo fundador da Microsoft. Em março, Gates tinha US$ 86 milhões.
Com a virada, Bezos marcou seu nome como sétimo homem a ser considerado o mais rico do mundo desde 1987. Ele é o terceiro americano, que se coloca na História ao lado de Gates e do CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett. A liderança da fortuna mundial consagra a rápida trajetória do fundador da Amazon. Em 1998, quando apareceu pela primeira vez no tradicional ranking da Forbes, ele acumulava fortuna de US$ 1,6 bilhão.
Este ano, em março, ficou na terceira posição, com US$ 72,8 bilhões, atrás dos dois compatriotas. Foram precisos quatro meses para que Bezos subisse o patrimônio até US$ 90,6 bilhões. O empresário da Amazon se beneficia dos 17% do capital do grupo que não para de diversificar os ramos de atuação. Em março, a gigante da internet valia US$ 400 bilhões em capitalização.
A Forbes, no entanto, ressaltou que o feito de Bezos não seria possível se Bill Gates não tivesse doado parte de sua fortuna à filantropia. Até o fim de 2016, o fundador da Microsoft doou US$ 32,9 bilhões a projetos de caridade. Ao lado de Buffet, ele criou o “Giving Pledge”, uma ação voltada a inspirar bilionários a doar parte das fortunas. O CEO da Amazon não aderiu à proposta. Estima-se que Bezos tenha despendido US$ 100 milhões com projetos do tipo até o fim de 2015. (AG)