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Mundo O Facebook investiga a relação de seu funcionário com um esquema de roubo de dados

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O Facebook mudou algumas configurações essa semana. (Foto: Reprodução)

A polêmica envolvendo o roubo de dados de 50 milhões de usuários do Facebook nos Estados Unidos ganhou um novo capítulo. A empresa investiga agora o vínculo de um atual funcionário da rede social com a Cambridge Analytica, responsável pelo uso indevido das informações.

O psicólogo Joseph Chancellor, que trabalha como cientista social no Facebook, foi um dos diretores da GSR (Global Sciense Research), empresa responsável por colher dados dos usuários da rede social e compartilhar as informações com a Cambridge Analytica.

Pelos registros da GSR, Chancellor renunciou ao cargo de diretor em setembro de 2015. Dois meses depois, conforme publicação de seu perfil no LinkedIn, ele foi contratado pelo Facebook.

Ainda não se sabe se o funcionário tinha conhecimento do uso indevido dos dados, mas o vínculo levantou suspeitas.

Só para relembrar o caso: a Cambridge Analytica foi a empresa de análise de dados contratada para ajudar na campanha eleitoral de Donald Trump em 2016. Neste fim de semana, os jornais “The New York Times e “The Guardian” publicaram uma série de denúncias que apontam que a empresa roubou e usou as informações pessoais de internautas para influenciá-los com propaganda personalizadas durante a eleição.

A coleta de dados dos internautas do Facebook aconteceu em 2014 e, a princípio, as informações seriam usadas apenas para fins acadêmicos.

O pesquisador Aleksandr Kogan, da Universidade de Cambridge, desenvolveu com seus alunos um aplicativo ligado à rede social que continha um teste de personalidade. Para “emprestar seus dados para estudo”, os participantes foram pagos para usar o aplicativo. No entanto, o programa também começou a coletar e armazenar dados dos amigos dos internautas envolvidos na pesquisa acadêmica, sem autorização.

Depois, os dados foram vendidos para a Cambridge Analytica, chefiada por Alexander Nix. Kogan também ocupava o cargo de diretor da GRS junto a Chancellor.

Como a empresa foi criada enquanto Chancellor fazia suas pesquisas de pós-doutorado na Universidade de Cambridge, especula-se que ele era um dos vários alunos que Kogan envolveu no projeto acadêmico.

Uma fonte disse ao The Guardian que o psicólogo era mais um parceiro júnior de Kogan do que um diretor. Segundo ela, Chancellor era conhecido mais como “apenas o cara dos dados”.

Em seu perfil público de pesquisadores do Facebook, o psicólogo afirma que atua na equipe de pesquisa de experiência do usuário e, que antes de ingressar na empresa, foi pesquisador da Universidade de Cambridge e obteve o título de PhD em psicologia social e de personalidade pela Universidade da Califórnia.

Acusação e defesa

Segundo o Facebook, Kogan obteve acesso as informações de “forma legítima e através dos canais apropriados”, mas “não seguiu nossas regras”, já que repassou os dados para terceiros.

Em sua defesa, Kogan afirmou que não fez nada de ilegal e que teve uma relação “próxima” de trabalho com a empresa.

Pouco tempo depois que o caso se tornou público, o Facebook removeu a empresa Cambridge Analytica de seus parceiros. As denúncias mais uma vez despertam o medo de como as redes sociais podem ser usadas. No Brasil, a empresa brasileira Ponte Estratégia, que se associou com Cambridge Analytica para atuar nas eleições deste ano, afirmou que decidiu cancelar a parceria com a empresa britânica, que abriu um escritório em São Paulo em 2017.

 

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