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Mundo O FBI demitiu o agente que escreveu mensagens de texto criticando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

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Peter Strzok trabalhou na investigação sobre o envolvimento da Rússia nas eleições presidenciais de 2016. (Foto: Reprodução)

O agente sênior do FBI (a polícia federal norte-americana) Peter Strzok, que enviou mensagens de texto críticas ao presidente Donald Trump durante a campanha presidencial de 2016 e participou das investigações sobre a interferência russa no pleito, foi demitido na última sexta-feira (10). A informação foi divulgada nesta segunda (13) pelo advogado de Strzok.

As mensagens de texto, trocadas com a ex-advogada do FBI Lisa Page, vieram à tona em dezembro de 2017 e serviram de munição para Trump e seus aliados atacarem as investigações russas, alegando que tratava-se de uma “caça às bruxas”.

“Trump nunca vai se tornar presidente, certo? Certo?!”, perguntou Page em uma das mensagens. Strzok responde: “Não, ele não vai. Vamos impedir isso”. O agente também se referiu a Trump como “idiota”. Os dois também criticaram o governo Obama, o Congresso e democratas.

A conversa foi descoberta pelo inspetor do Departamento de Justiça Michael E. Horowitz, que, a pedido de Trump, assumiu a tarefa de investigar de que forma o FBI conduziu duas grandes investigações: sobre o uso de um servidor de e-mail pessoal por Hillary Clinton quando era secretária de Estado e sobre a relação dos russos com a campanha presidencial de 2016.

Ou seja, sua missão era investigar os próprios investigadores e suas condutas.

Horowitz, no entanto, não encontrou evidências de que as visões políticas da dupla influenciaram suas respectivas decisões durante as investigações. Mas afirmou que elas “sugeriam que os dois poderiam estar dispostos a agir para influenciar as perspectivas eleitorais do candidato a presidente.”

Após o episódio, Strzok foi afastado da equipe de Robert Mueller, responsável por investigar a interferência russa nas eleições. Ele foi transferido para a divisão de recursos humanos do FBI. Já Page pediu demissão em maio.

O advogado de Strzok, Aitan Goelman, afirmou em comunicado que o vice-diretor do serviço de inteligência, David Bowdish, passou por cima do escritório de responsabilidade profissional do FBI (OPR) ao demitir Strzok, que estava havia 21 anos na unidade de polícia.

“Ele reverteu a decisão do oficial responsável pela disciplina dos funcionários, que concluiu, por meio de um processo independente, que uma suspensão de 60 dias e seu rebaixamento das funções de supervisão eram as punições apropriadas”, afirmou.

Disse ainda que uma longa investigação e testemunhos feitos ao Congresso não comprovaram que suas visões pessoais influenciavam seu trabalho. A conclusão, segundo ele, é que a demissão foi reflexo de uma pressão política para punir Strzok por se expressar politicamente, e não de “uma análise justa e independente dos fatos.”

Já Trump comemorou a decisão nesta segunda. “O agente Peter Strzok acabou de ser demitido do FBI — finalmente. A lista de maus jogadores no FBI e no Departamento de Justiça fica cada vez maior”, afirmou.

“Baseado no fato de que Strzok estava no comando da caça às bruxas, ela será deixada de lado?”, disse o presidente.

Essa é a terceira demissão de um agente do FBI envolvido nas investigações sobre a relação entre o Kremlin e o pleito de 2016.

O governo russo teria, entre outras ações, hackeado emails do Comitê Nacional Democrata e publicado informações em sites como WikiLeaks e pago usuários de redes sociais para publicar comentários contra Hillary e espalhar notícias falsas.

O primeiro da lista foi o ex-diretor do FBI James Comey, demitido em maio de 2017. Ao contrário dos outros, foi dispensado diretamente por Trump, por ser chefe da agência de inteligência. Ele liderava as investigações sobre o conluio dos russos com a campanha.

A Casa Branca alegou que o motivo da demissão foi uma suposta má condução das investigações sobre o uso de um servidor de email pessoal por Hillary Clinton. Depois, Trump admitiu que as investigações sobre a Rússia influenciaram na decisão. Depois, voltou atrás.

Comey lançou em abril um livro de memórias polêmico chamado “A Higher Loyalty: Truth, Lies and Leadership” (Uma Lealdade Superior: Verdade, Mentiras e Liderança, em tradução literal), onde descreve o presidente um líder antiético conduzido pelo ego.

Em março, foi a vez de o ex-vice diretor do FBI Andrew McCabe ser mandado embora, às vésperas da sua aposentadoria. Ele supervisionou as investigações contra Hillary Clinton e a relação da campanha de Trump com os russos.

Ele teria sido dispensado por autorizar o FBI a falar com a imprensa sobre um inquérito envolvendo a família Clinton durante a campanha presidencial e, depois, não ter admitido claramente quando investigadores o questionaram sobre a conduta.

A demissão de McCabe e de Strzok foram resultado da mesma investigação, conduzida por Horowitz, do Departamento de Justiça.

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