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Brasil O FBI também investigará a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos

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Nuzman foi presidente do Comitê Rio 2016. (Foto: Arquivo/ Tomaz Silva/Agência Brasil)

As denúncias de corrupção no processo de escolha do Rio como sede olímpica de 2016, que já ocasionaram prisões de alguns dos principais dirigentes do esporte brasileiro, como Carlos Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Organizador Rio-2016, e Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do Rio-2016, atravessaram fronteiras e chegaram a Nova York. Os agentes do escritório do Federal Bureau of Investigations (FBI, a Polícia Federal americana) naquela metrópole vêm mergulhando na apuração das mesmas denúncias, de acordo com o que divulgou na terça-feira o jornal americano “The Wall Street Journal”.

A publicação, cujo foco principal é a economia, informou que as investigações vêm sendo tocadas pelo FBI juntamente com promotores da Procuradoria Federal de Justiça dos EUA no Brooklyn, de acordo com fontes do jornal e com intimações expedidas por um Grand-Jury (grande júri, composto por 23 membros reunidos em segredo, para apreciar provas apresentadas pela promotoria e decidir se há indícios da prática de crime).

As investigações que vêm sendo efetuadas nos Estados Unidos vão se juntar a trabalhos semelhantes que já vinham sendo realizados por autoridades da Justiça do Brasil e da França, a respeito de suspeitas de que tenham havido irregularidades na organização não apenas dos Jogos do Rio mas de outros eventos esportivos internacionais. No verão deste ano no Hemisfério Norte (inverno no Hemisfério Sul), o grande júri reunido no Brooklyn já vinha buscando testemunhas e documentos ligados à corrupção na escolha da sede olímpica, sempre de acordo com o jornal.

Tanto as fontes da publicação quanto as intimações indicam que a apuração das autoridades americanas está focada nas suspeitas de compra de vontos e de corrupção na celebração de contratos dos Jogos de 2016, incluindo os relativos à mídia e aos diretos de marketing. O grupo de profissionais envolvidos nas investigações já tem know how de trabalhar com esportes. Esta investigação está sendo tocada pela mesma equipe do FBI e pelo mesmo grupo de promotores que, em 2015, haviam descoberto um esquema de corrupção de proporções mundiais no futebol e que ao longo de dois anos também haviam apurado denúncias da existência de um sistema de doping patrocinado pelo próprio governo da Rússia.

Por mais de um ano, autoridades da Justiça americana vêm solicitando a abertura de uma investigação conjunta com seus colegas do Brasil e da França, a respeito das suspeitas de corrupção nos Jogos do Rio. Tal investigação já havia levado a alguns indiciamentos, incluindo a prisão, e outubro, de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do COB. Promotores de Justiça do Brasil consideram ter havido um esquema de dirigentes brasileiros no sentido de subornar membros do COI (Comitê Olímpico Internacional), para escolher a candidatura do Rio para as Olimpíadas de 2016.

Os advogados de Nuzman têm negado repetidamente quaisquer acusações contra seu cliente, que permaneceu preso (na Cadeia Pública de Benfica) entre os dias 5 e 20 de outubro, quando foi libertado mediante um habeas corpus da Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que levou o juiz Marcelo Bretas, da Sétima Vara Federal Criminal a expedir o alvará de soltura. Os advogados do dirigente brasileiro não responderam aos questionamentos enviados pelo jornal americano.

A intimação enviada pela Justiça americana em agosto a um empresário brasileiro – Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur, como é conhecido no Brasil – que atua em Key Biscayne, na Flórida, solicitada a ele que prestasse testemunho perante o grande júri do Brooklyn e entregasse ao FBI documentações relativas à eleição promovida pelo COI em 2009, visando aos Jogos de 2016. Os promotores americanos estavam à procura de detalhes das transações financeiras relativas à candidatura do Rio para sediar os Jogos, além de mensagens trocadas com ex-dirigentes do COI e contratos que esse empresário assinou para prestar serviços aos Jogos do Rio.

Um dos porta-vozes do COI, Mark Adams, informou que o comitê ainda não havia sido contactado pelas autoridades americanas a respeito do caso, mas já vem mantendo contato com as autoridades brasileiras e francesas a respeito do que essas estão investigando.

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https://www.osul.com.br/o-fbi-tambem-investigara-escolha-do-rio-de-janeiro-como-sede-dos-jogos-olimpicos/ O FBI também investigará a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos 2017-12-13
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