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Mundo O frenesi criado em torno de uma candidatura presidencial de Oprah Winfrey, na qual ela tende a enfrentar a tentativa de reeleição de Donald Trump, evidenciou os graves problemas dos partidos e do sistema político americano

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A apresentadora de TV Oprah Winfrey e o presidente Donald Trump. (Foto: Reprodução)

O frenesi criado em torno de uma eventual candidatura presidencial de Oprah Winfrey na eleição de 2020, na qual ela tende a enfrentar a tentativa de reeleição de Donald Trump, começa a ser levado a sério por democratas. O nome da ex-apresentadora, bilionária e sem experiência política – assim como Trump – tomou conta dos debates após seu forte discurso na premiação do Globo de Ouro, no domingo passado (7), fazendo surgir a primeira pesquisa entre ambos, com clara vantagem para Oprah. Mas se muitos veem a chance de os democratas reconquistarem o poder, outros alertam que uma nova forasteira evidencia os graves problemas dos partidos e do sistema político norte-americano. As informações são do jornal O Globo.

Uma pesquisa do Rasmussen Report, feita na segunda-feira (8) e na terça-feira (9) e divulgada na quarta-feira (10), aponta Oprah com 48% das intenções de votos, contra 38% de Trump – 14% declararam-se indecisos. Ela seria apoiada por 76% dos eleitores democratas, 22% dos republicanos e 44% dos independentes. Trump, que no passado disse que gostaria de ter Oprah como vice, afirmou que adoraria concorrer com ela, mas que a venceria. Oprah, que negou essa possibilidade no passado, estaria cada vez mais inclinada a uma candidatura, segundo seu companheiro após o histórico discurso.

Mas os dois podem não estar sozinhos: Mark Zuckerberg, o bilionário fundador do Facebook, os atores Dwayne “The Rock” Johnson (que já falou isso seriamente) e George Clooney (que anda satirizando o tema, mas que começa a ser tratado como opção possível) são nomes de celebridades que orbitam em torno dos democratas. No lado republicano, o empreendedor e ator Mark Cuban, dono da equipe de basquete Dallas Mavericks, afirma que estuda tirar Trump das urnas.

“Ao invés de estarem pensando em projetos e programas, os partidos parecem estar cada vez mais encantados com salvadores da pátria”, afirmou Peter Hakim, presidente emérito do Inter-American Dialogue. “E antes que digam que é um fenômeno global, nada é parecido com o que temos aqui. Somente nos EUA alguém surgiu do nada para a Presidência. Aqui e na Guatemala.”

Ele lembra que todos os outros outsiders que chegaram ao poder recentemente, como Emmanuel Macron, na França, Mauricio Macri, na Argentina, e Pedro Paulo Kuczynski, no Peru, tiveram experiências anteriores como ministros. Hakim acredita que a falta de políticos profissionais no horizonte presidencial norte-americano amplia os riscos para o país, que geralmente escolhe entre senadores ou governadores a pessoa que ocupa a Casa Branca. A experiência administrativa é fundamental, em sua opinião, para evitar erros grosseiros que podem ter impactos fortes, como os que estão sendo vistos no governo Trump.

“Os partidos americanos tornaram-se cada vez mais polarizados, com ambos quase que exclusivamente controlados pelas alas mais radicalizadas dos seus apoiadores [ou seja, doadores e eleitores de primárias], tornando a política ineficaz e isolada”, escreveu em artigo no “The Guardian” Cass Mudde, professor da Universidade da Geórgia e pesquisador do Centro de Pesquisa sobre Extremismo da Universidade de Oslo.

E, neste momento de desencanto generalizado, os forasteiros saem em vantagem em relação a políticos tradicionais, usando a inexperiência como atrativo.

“Celebridades nunca enfrentaram o desgaste de um governo, ou tiveram que tomar decisões impopulares”, explica Juan Carlos Hidalgo, analista de políticas públicas do Cato Institute. “Muitos dizem que Oprah é diferente de Trump, por ter mais engajamento social e político. Ora, Trump sempre teve opiniões políticas. Ele foi mudando de opinião ao longo do tempo, para defender pontos de vista conservadores.”

Para Hidalgo, os democratas sabem que estão com poucos nomes disponíveis. Bernie Sanders, sensação nas primárias passadas, Joe Biden, vice de Barack Obama, e a senadora Elizabeth Warren estarão, todos, com mais de 70 anos em 2020. As promessas, como as senadoras Kamala Harris e Kirsten Gillibrand, e o senador Cory Booker, ainda não conseguiram unir a legenda.

Líderes democratas tentaram ficar em cima do muro sobre a possibilidade de Oprah ser a candidata do partido. Nancy Pelosi, líder da legenda na Câmara dos Representantes, declarou que Trump é o maior incentivador e o maior empecilho para sua candidatura. Elizabeth Warren, afirmou que não sabe se, após a experiência Trump, os americanos não preferirão um candidato mais experiente.

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