Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2018
O FMI (Fundo Monetário Internacional) melhorou sua previsão de crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2018. De acordo com relatório de perspectivas para a economia mundial divulgado nesta terça-feira (17), a economia brasileira deverá avançar 2,3% neste ano.
O número representa um aumento de 0,4 ponto percentual em relação à última estimativa apresentada em janeiro, de 1,9%. O FMI também revisou a projeção para 2019. O Fundo prevê agora um crescimento de 2,5% ante estimativa anterior de alta de 2,1%.
No documento, o FMI cita que a inflação no Brasil está próxima do mais baixo nível histórico e diz que o crescimento de 2,3% esperado para a economia do país neste ano e de 2,5% para 2019 deve ser sustentado pelo consumo e investimento privado mais fortes.
Para o médio prazo, o FMI projeta um crescimento mais moderado, de 2,2%, impactado pelo “envelhecimento da população e pela produtividade estagnada”. “No Brasil, a Reforma da Previdência continua sendo uma prioridade para garantir que os gastos [do governo] sejam consistentes com as leis fiscais para garantir sustentabilidade no longo prazo”, destacou o documento.
Estimativa do FMI é menor que a da média do mercado
Apesar da revisão para cima, a projeção do FMI continua abaixo da média das estimativas dos analistas do mercado brasileiro. Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,80% para 2,76%, segundo pesquisa focus do Banco Cental divulgada na véspera. Foi a terceira queda seguida do indicador. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.
Previsão de crescimento global
A previsão de crescimento mundial foi mantida pelo FMI em 3,9% em 2018 e 2018. O Fundo Monetário Internacional manteve sem alterações sua previsão de um crescimento global de 3,9% para este ano e em 2019, em um contexto ofuscado pela possibilidade de um conflito comercial generalizado e riscos geopolíticos.
IIF
O IIF (Instituto de Finanças Internacionais) previu na segunda-feira (16) que a economia brasileira vai acelerar nos próximos meses, encerrando o ano com avanço de 2,7%. Em 2019, a estimativa é de um crescimento de 2,8% do PIB (Produto Interno Bruto), informou o instituto em relatório.
A avaliação é que esse crescimento seja “apoiado em investimentos e consumo das famílias, que devem se beneficiar dos ganhos de poder de compra e da melhora do mercado de crédito diante de uma inflação bem comportada”.
“O gasto público antes da eleição de outubro também deve ajudar a elevar a atividade em 2018”, acrescentou. Para o instituto, a inflação brasileira deve seguir abaixo do centro da meta até o fim de 2019. De acordo com o IIF, o principal risco enfrentado pelo Brasil está na trajetória do déficit público, que fechou 2017 em 7,8% do PIB.
“Dificuldade persistente em conter o gasto público pode minar o apoio do mercado e forçar um ajuste doloroso no futuro”, disse Martín Castellano vice-economista-chefe para América Latina do IIF. “Por exemplo, a reforma da Previdência é crítica para a sustentabilidade das finanças públicas e é necessária para que se atenda ao teto de gastos imposto em 2016. Sua aprovação, porém, segue altamente incerta, com a proximidade das eleições e a continuidade de investigações sobre a corrupção.”