Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O governador paulista investiga o sumiço de dinheiro encontrado em trens na gestão do seu antecessor

Compartilhe esta notícia:

Governador referiu-se aos filhos do presidente Bolsonaro em reunião do PSDB em São Paulo. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Todo dinheiro que é encontrado nos vagões dos trens paulistas é guardado pela CPTM por até três meses. Caso não sejam reclamados os reais, dólares, euros, pesos e libras perdidos – boa parte deixados por turistas –, eles são doados pela companhia ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, entidade estadual de filantropia, atualmente presidida por Filipe Sabará, com a primeira-dama Bia Doria à frente do conselho.

A gestão de João Doria (PSDB) investiga o desfalque de três meses de depósitos desses “trocados” durante o ano passado, na administração de Márcio França (PSB). O episódio contrapõe mais uma vez o tucano ao ex-governador – eles se envolveram em agressivos embates no ano passado, durante a campanha eleitoral.

Segundo a apuração preliminar da atual administração, as doações realizadas pela CPTM para o Fundo Social nos meses de julho, setembro e outubro não constam nos relatórios bancários da entidade. Ou seja, o dinheiro encontrado nos vagões de trens foi recebido pelo fundo, mas não foi depositado nas contas bancárias.

Além disso, em dezembro foi encontrada uma discrepância: a doação da companhia foi de R$ 881,90; US$ 2,46; € 5,10; e 1.000 libras libanesas (que equivalem a R$ 2,50 na cotação atual). No entanto, apenas R$ 12,90 foram depositados na conta do fundo.

Nesses meses, quem presidia o Fundo Social era a ex-primeira-dama Lúcia França. Seu marido assumiu o governo do Estado em abril, quando Geraldo Alckmin (PSDB) deixou o cargo para participar das eleições presidenciais. Em média, a CPTM doa pouco mais de R$ 1.000 mensalmente nesse formato. O desfalque desses meses totaliza cerca de R$ 5.700, um valor relativamente baixo, mas cujo sumiço chamou a atenção de funcionários antigos do fundo.

As doações da companhia de trens são feitas em espécie, e o diretor técnico do fundo assina recibos atestando a transação. Os recibos referentes a todos os meses foram encontrados pela atual administração. O diretor entrega esse dinheiro para que outro funcionário do fundo deposite na conta bancária da instituição.

Um servidor que já não ocupa mais um posto no Fundo desde o começo do ano e que recebeu os valores do diretor técnico tem sido apontado internamente como a pessoa que deveria saber para onde foi direcionado o dinheiro que não está nas contas do fundo. Ele deverá ser convocado para prestar esclarecimentos.

A gestão de Doria afirmou, em nota, que, em um primeiro momento, trata o assunto “como apuração preliminar dos fatos”. “O processo foi encaminhado à Assessoria Jurídica do Gabinete do Procurador-Geral do Estado, para conhecer os problemas apontados no despacho do chefe de gabinete deste Fundo Social, convocar os responsáveis para prestar os devidos esclarecimentos, emitir o parecer concluso e devolver ao Fundo Social.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A Procuradoria diz que o coronel Lima era o “faz tudo” de Michel Temer
“Tchutchuca é a mãe”: responde Paulo Guedes em bate-boca com Zeca Dirceu
https://www.osul.com.br/o-governador-paulista-investiga-o-sumico-de-dinheiro-encontrado-em-trens-na-gestao-do-seu-antecessor/ O governador paulista investiga o sumiço de dinheiro encontrado em trens na gestão do seu antecessor 2019-04-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar