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Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2015
Não é só a reforma administrativa que caminha a passos lentos. O ajuste fiscal ainda está bastante incompleto, embora várias medidas tenham sido aprovadas em 2015. O governo enfrentará um rombo nas receitas de 2016, porque não conseguiu aprovar a principal medida para gerar arrecadação: a recriação da CPMF.
O Orçamento da União de 2016, já aprovado pelo Congresso, prevê uma receita de 10,15 bilhões de reais com uma contribuição que ainda nem existe. Além disso, a briga pública na área econômica sobre o tamanho da meta fiscal de 2016 desgastou o ex-ministro Joaquim Levy, que foi substituído na Fazenda por seu rival nas discussões, Nelson Barbosa.
Os parlamentares já avisaram o novo titular que sua ida para a Fazenda não muda o clima político no Congresso, que é contrário à criação de impostos. O relator das receitas no Orçamento da União de 2016, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), disse que a troca não alterou o quadro: “O clima é o mesmo. Não é por causa de um ministro, é porque não temos posição de aumentar imposto”.
Já o relator do Orçamento da União de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que a aprovação da CPMF é “uma necessidade” para o governo. “O governo precisa confirmar essas receitas para não ter que mudar a meta fiscal de 2016”, declarou. A União já avisou que, sem a recriação da CPMF e a reforma da Previdência, a conta não vai fechar. (AG)