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Brasil O governo brasileiro quer que a Venezuela seja suspensa da Organização dos Estados Americanos

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Michel Temer quer que os venezuelanos sejam punidos por desrespeito à democracia. (Fotos: Reprodução)

O governo brasileiro quer uma posição mais assertiva da OEA (Organização dos Estados Americanos), para que a Venezuela seja suspensa do organismo por tempo indeterminado. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, para reabrir os debates sobre o tema na OEA, o Brasil reforçará sua atuação junto a outros países membros para que os venezuelanos sejam punidos por desrespeito à democracia, o que incluiria, por exemplo, a não participação de acordos regionais e outras formas de cooperação.

“O Brasil considera que essa questão precisa ser levada à OEA, que tem mecanismos decisórios formais e estrutura jurídica”, disse o ministro.

Ele afirmou que não bastam críticas e apelos ao governo do presidente Nicolás Maduro, como ocorreu com a carta divulgada, na semana passada, pelo Grupo de Lima (formado por 14 países). O documento pede a Caracas que reconsidere a convocação de novas eleições presidenciais e apresente um novo calendário. “Não pode haver eleições livres e justas sem a plena participação dos partidos políticos”, diz um trecho da carta, lido pela chanceler peruana Cayetana Aljovín.

“Cada um de nós (do Grupo de Lima) resolveu uma série de coisas para esse isolamento diplomático, como não apoiar candidaturas venezuelanas a organismos internacionais e não permitir a exportação de materiais que possam servir à repressão, como gás lacrimogêneo. Mas uma decisão tomada no âmbito da OEA obriga todos os países a agirem da mesma forma”, afirmou o ministro.

O chanceler brasileiro revelou que tem conversado com a oposição venezuelana. Quem não apoia Nicolás Maduro também está dividido. “Há, na oposição, quem queira boicotar as eleições e quem queira participar, buscando um candidato que possa exprimir o ponto de vista democrático mais amplo. Mas é claro que as regras hoje são muito draconianas”, disse.

Para conseguir aprovar a suspensão da Venezuela, as nações que defendem essa medida precisam de dois terços de um total de 33 votos. A OEA está dividida. A maior parte dos países caribenhos, além das chamadas nações bolivarianas (Bolívia, Equador e Nicarágua), são contra a suspensão da Venezuela do organismo. Já o Grupo de Lima conta com o apoio dos Estados Unidos.

Na semana passada, a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) da OEA publicou um novo relatório sobre a situação da Venezuela, classificando a situação do país como “alarmante”. A comissão destacou que a conjuntura tem piorado e pediu que o governo venezuelano aceite ajuda internacional e permita que um grupo da entidade visite o país. De acordo com uma fonte da área diplomática brasileira, esse documento fortalece a argumentação para a retomada do debate em torno da suspensão.

Apesar dos esforços pelo isolamento venezuelano dentro da entidade interamericana, os próprios chavistas já se veem fora. Em abril passado, o governo Maduro anunciou o início do processo de saída do bloco, acusando-o de sistematicamente intervir na soberania do país. O processo, no entanto, deve durar até 2019 e ainda pode ser revertido. Fora da entidade, a Venezuela poderia ficar ainda mais isolada economicamente no continente e depender mais da China e da Rússia, segundo analistas.

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