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Mundo O governo do Chile assegurou que o papa não corre riscos em sua visita apesar dos ataques a igrejas no país

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Francisco fez um apelo por uma distinção entre o verdadeiro repouso e o falso descanso em um mundo que estabelece a sociedade como “um grande parque de diversões”. (Foto: Reprodução)

O governo chileno descartou neste sábado (13) que o papa Francisco corra algum risco durante sua visita ao Chile na próxima semana, após ataques incendiários na véspera a diversas igrejas católicas da capital do país.

O ministro do Interior do Chile, Mario Fernández, disse à emissora local de rádio BioBío que grupos pequenos e com capacidade limitada de ação estão por trás dos ataques, de forma que os incidentes “são graves e repudiáveis, mas também devem ser vistos dentro da sua medida”.

Cinco igrejas católicas foram atacadas por desconhecidos na madrugada de sexta-feira (12) em Santiago com artefatos explosivos caseiros, dias antes da visita de Francisco a partir de segunda-feira até 18 de janeiro.

O ministro Fernández afirmou que o líder da Igreja Católica “não deve estar em risco” no país.

Os ataques, que não deixaram feridos nem foram reivindicados por qualquer grupo ou movimento, ocorreram em diferentes partes de Santiago. Em algumas das igrejas atacadas foram encontrados panfletos com ameaças ao pontífice, o que foi condenado pelo governo chileno.

Milhares de católicos chilenos e de nações vizinhas se preparam para acompanhar o papa durante sua visita, mas grupos laicos, minorias e comunidades indígenas planejam manifestações contra a visita de Francisco.

Um dos povos menos católicos

Um dos povos menos católicos da América Latina, chilenos recebem o sumo pontífice com paróquias incendiadas, acusações de pedofilia e perda de prestígio da instituição.

Em 1995, 74% dos chilenos se declaravam católicos. Em 2017, esse número caiu para 45%. A conclusão é do instituto Latinobarómetro, que analisa tendências no continente e fez a pesquisa “El Papa Francisco y la religión en Chile y América Latina 1995-2017”, divulgada no início deste ano. As explicações residem, principalmente, na falta de compromisso da Igreja com os mais pobres, na secularização da sociedade e na falta de coragem para enfrentar e punir casos de pedofilia, como a do padre Fernando Karadima.

Diante desse panorama, um dos objetivos principais do pontífice com a sua visita é resgatar a confiança da população na Igreja.

Roteiro

No roteiro de Francisco, além de uma missa em Santiago, estão programadas celebrações em Iquique, no Norte, para falar sobre as migrações, e em Temuco, no Sul, onde encontrará os índios Mapuches, ameaçados de extermínio por conta da invasão de suas terras.

O papa tem alguns desafios em sua curta visita ao Chile a partir do dia 15. O principal deles, talvez, vai ser o de evangelizar seus próprios bispos e convencê-los a trilhar o caminho de uma Igreja sensível com a realidade e comprometida com os mais pobres.

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