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Mundo O governo do Uruguai punirá os estabelecimentos que promoverem o turismo da maconha

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Uruguaios fazem filas para comprar maconha em farmácias. (Foto: Reprodução)

O Uruguai vai impor duras punições aos estabelecimentos hoteleiros que promovam o turismo da maconha como parte de suas ofertas aos estrangeiros que visitam o país, disse na quarta-feira (3) o secretário-geral da JND (Junta Nacional de Drogas), Diego Olivera.

“Os locais estão expostos a sanções, certamente. De fato, no ano passado, as punições foram aplicadas com firmeza e é esperado, na medida em que for necessário, que isto volte a acontecer”, afirmou Olivera.

No entanto, o secretário-geral da JND ressaltou que os episódios de venda e promoção de maconha para turistas, na sua avaliação, “não são generalizados”.

“Existe, é verdade, como existiram ao longo do tempo, inclusive antes da regulamentação. Para isso, o Estado tem diferentes estratégias de prevenção, comunicação, dissuasão e, em última instância, de controle e aplicação da lei quando esta não é respeitada”, assegurou Olivera.

O secretário-geral da JND reiterou que o IRCCA (Instituto de Regulamentação e Controle da Cannabis) “faz o seu trabalho” relativo à fiscalização em conjunto com Ministério do Interior, com operações específicas na faixa costeira, não só em relação à maconha, mas também a outras formas de tráfico ilícito.

“A normativa existente não deve ser modificada, uma vez que é bastante clara a respeito. Melhoramos e aprofundamos o trabalho de coordenação e fiscalização porque, em um tempo curto, as vias de acesso à maconha se ampliaram”, indicou Olivera.

O secretário-geral da JND, no entanto, disse que entre as distintas formas de coordenação que o IRCCA realiza estão trabalhos de campo, visitas à totalidade das cooperativas de associados, coordenação com a polícia e o Poder Judiciário, trabalhos de inteligência e recebimento de denúncias.

Em dezembro, o governo uruguaio descartou a venda de maconha no país para visitantes estrangeiros, uma vez que a figura de turismo da maconha não existe nesse país, e enfatizaram os controles de consumo e venda ao longo da temporada do verão.

O Uruguai se transformou no primeiro país do mundo a controlar do princípio ao fim a produção e o comércio de maconha de uso recreativo, com a implementação da comercialização dessa substância em farmácias.

Vanguarda

A venda de maconha recreativa em farmácias colocou o Uruguai na vanguarda mundial por um novo modelo de luta contra o tráfico de drogas em um ano conturbado na política local e no qual o governo deu mais um passo para que o país tenha uma segunda planta de celulose da empresa finlandesa UPM.

Em 19 de julho, o Uruguai concluiu a implementação da lei aprovada em 2013 no governo do ex-presidente José Mujica, que esteve no poder de 2010 a 2015 e que determinava a produção e a distribuição de maconha estatal no país como uma alternativa para lutar contra o tráfico.

Com a habilitação da compra e venda de cannabis para uso recreativo em farmácias uruguaias, o governo fechou um processo marcado pelas demoras e, após a concretização do regulamento do cultivo próprio e da criação de clubes, garantiu a terceira via de acesso. Com esse último passo, realizado mediante a venda de embalagens de cinco gramas a um custo aproximado de US$ 1,30 por grama nas farmácias, o país se tornou o primeiro a aplicar um controle estatal da produção e do comércio de cannabis em nível global.

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https://www.osul.com.br/o-governo-do-uruguai-punira-os-estabelecimentos-que-promoverem-turismo-de-maconha/ O governo do Uruguai punirá os estabelecimentos que promoverem o turismo da maconha 2018-01-04
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