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Mundo O governo dos Estados Unidos ainda retém 565 menores imigrantes, três semanas após o prazo final para reunir famílias

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Famílias de imigrantes irregulares nos EUA caminham para centro de descanso após serem liberadas de detenção. (Foto: Reprodução)

O governo dos Estados Unidos mantém retidos 565 menores imigrantes ilegais, três semanas após o fim do prazo determinado pela Justiça para a reunião das crianças e jovens com seus pais ou tutores, informou nesta sexta-feira (17) o gabinete para Reassentamento de Refugiados do Departamento de Saúde (ORR, na sigla em inglês), segundo informações da agência de notícias AFP.

Entre o grupo há 24 crianças com 5 anos ou menos, sob os cuidados da ORR. A instituição destaca que os pais de 366 dos 565 menores se encontram fora dos Estados Unidos, o que dificulta sua reunião.

O organismo informou ainda que os pais de 154 menores indicaram que não pretendem se reunir com os filhos.

Em mais de 180 casos, segundo a ORR, os menores não podem ser entregues porque os pais foram considerados uma ameaça para os filhos, e estão separados sob custódia policial ou processo judicial.

No início do ano, o governo separou mais de 2.500 menores de seus pais após as famílias entrarem ilegalmente nos Estados Unidos pela fronteira com o México.

O Departamento de Segurança Nacional informou que vários pais aceitaram ser enviados de volta, deixando os menores nos Estados Unidos na esperança de encontrá-los legalmente mais tarde.

Tolerância zero

A política migratória de tolerância zero do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vigorou em maio e junho e separou crianças dos pais, não inibiu brasileiros de atravessarem ilegalmente a fronteira americana, nem as altas taxas cobradas por imigrantes por coiotes.

A procura continua a mesma, inclusive por parte de famílias com filhos pequenos, afirmou um coiote que há mais de 20 anos leva imigrantes da região de Governador Valadares (MG) para os EUA ao jornal Folha de S. Paulo.

O homem enviou gravações de áudio e vídeos que, diz, são de pessoas que conseguiram chegar aos EUA após contratarem seus serviços.

De acordo com dados divulgados recentemente pela Patrulha da Fronteira dos EUA, o número de famílias de imigrantes detidas na divisa com o México teve uma queda discreta, de 2%, de junho para julho: foi de 9.434 para 9.258.

O coiote afirma que cobra US$ 20 mil (R$ 77 mil) de cada emigrante, mas o valor pode variar. “Se ele for mais lento, tiver dificuldade de entender as orientações, já sei que vai me dar dor de cabeça, aí cobro US$ 22 mil.”

Segundo ele, o dinheiro fica com algum familiar no Brasil e o acerto só é feito na chegada ao outro lado da fronteira.

A travessia – que pode ser realizada por rio, mata, um túnel ou mesmo pelo próprio muro fronteiriço que existe em boa parte da divisa entre os dois países e que Donald Trump quer ampliar – envolve pagar propina a agentes em diversos pontos, afirma.

Em média, o coiote diz levar 20 pessoas por mês, mas ele estima que há cerca de 80 conterrâneos que fazem o mesmo, muitos enviando até 50 migrantes no mesmo período.

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