Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 12 de março de 2019
Os Estados Unidos informaram que todos os funcionários e diplomatas que ainda atuam na Venezuela deixarão o país nos próximos dias.
Em 24 de janeiro deste ano, um dia após os EUA reconhecerem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, Washington anunciou que reduziria a equipe que trabalhava na Venezuela, o que incluiu o retorno de familiares e de parte dos funcionários.
“Essa decisão é consequência da contínua deterioração da Venezuela, assim como da constatação que a presença de uma missão diplomática no país se tornou um entrave à política externa americana”, escreveu o secretário de Estado, Mike Pompeo, em uma rede social.
Grande parte da Venezuela, incluindo áreas da capital, Caracas, está sem energia elétrica desde a última quinta-feira (7), comprometendo as exportações de petróleo e deixando pessoas com dificuldade para obter água e comida.
O ditador Nicolás Maduro tem dito que o apagão, que já dura cinco dias, é resultado de uma sabotagem dos Estados Unidos na usina hidrelétrica de Guri.
O regime venezuelano determinou novamente a suspensão das aulas e do funcionamento de empresas e estabelecimentos comerciais nesta terça-feira (12).
Outra versão
O governo de Nicolás Maduro informou nesta terça-feira que foi a Venezuela que ordenou a expulsão dos diplomatas americanos que ainda permaneciam no país – após os Estados Unidos terem anunciado a decisão de retirá-los na véspera –, pois a presença deles oferecia “riscos” para a “estabilidade”.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, informou pelo Twitter que na segunda-feira comunicou ao chefe da missão diplomática dos Estados Unidos em Caracas, James Story, a decisão de não prorrogar as conversas entre ambos os governos sobre um possível acordo para o estabelecimento de escritórios de interesses.
“Será requerido ao governo americano a saída do território nacional do pessoal remanescente nas próximas 72 horas”, diz a nota oficial.
O governo argumenta que representantes de Donald Trump insinuaram “em várias oportunidades” ações contra o chavismo e “ameaçaram com o uso da força militar sob pretexto de proteger o seu pessoal diplomático em Caracas”.
“Esses funcionários mentiram sistematicamente sobre a Venezuela e dirigiram operações de bandeira falsa para justificar uma intervenção”, prossegue o texto.
De acordo com o comunicado, o governo de Maduro ratifica “a sua inalterável disposição de manter canais de comunicação e diálogo” com Washington “sempre e quando estes se desenvolvam dentro de uma relação de igualdade e respeito mútuo”.