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Brasil O governo facilitou empréstimo para a Andrade Gutierrez, diz a revista Época

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Andrade Gutierrez e Novonor (ex-Odebrecht) entregaram proposta para projeto da Rnest. (Foto: Divulgação)

Um empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para uma obra da Andrade Gutierrez na África pode ter sido facilitado pelo governo federal. As suspeitas estão em uma reportagem da revista Época. A obra recebeu mais de 300 milhões de dólares do banco.

A publicação relatou que a pressão do governo de Moçambique começou em março de 2013, quando o então presidente do país, Armando Guebuza, se reuniu com a presidenta Dilma durante uma viagem oficial à África do Sul. O objetivo de Guebuza era conseguir a liberação de um empréstimo do BNDES para a construção de uma barragem em Moçambique, pela construtora brasileira.

A pressão de Guebuza foi assunto de um telegrama da embaixadora do Brasil em Moçambique, Ligia Maria Scherer, para o Ministério de Relações Exteriores. Neste comunicado, ela afirmou que uma representante da Andrade Gutierrez disse que o presidente de Moçambique mencionou para auxiliares que Dilma queria resolver o assunto. Ligia ressaltou ainda que haveria indícios de que o Brasil perderia o projeto para empresas de outros países, se a questão do financiamento pelos BNDES não pudesse ser solucionada.

Para liberar o empréstimo, o BNDES exigia uma garantia: que o dinheiro fosse depositado numa conta a ser aberta num país que oferecesse menos risco de calote do que Moçambique. O país africano não estava disposto a cumprir a exigência e argumentou dificuldades técnicas e políticas. A liberação do empréstimo foi levada então para discussões dentro do governo brasileiro.

Segundo a revista, em setembro de 2013, o Conselho de Ministros da Camex (Câmara de Comércio Exterior)  aprovou a flexibilização da exigência, abrindo as portas para a concessão do empréstimo, mesmo depois do alerta do representante do Ministério da Fazenda. De acordo com a ata, ele alertou que se a exigência fosse dispensada, haveria riscos para o BNDES, já que Moçambique não possuía limite de crédito no FGE (Fundo de Garantia à Exportação), responsável por cobrir um eventual calote.

Na época, a Camex era presidida pelo então ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, atual governador de Minas Gerais.

O contrato para a construção da barragem foi assinado em julho de 2014. Conforme a revista, o dinheiro foi destinado a um consórcio formado pelas empreteiras Zagope Construções e Engenharia, controlada pela Andrade Gutierrez, e pela Fidens Engenharia.

A Zagope é investigada na Operação Lava-Jato por suspeita de usar uma subsidiária para pagar propina a ex-funcionários da Petrobras. (AG)

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https://www.osul.com.br/o-governo-facilitou-emprestimo-para-a-andrade-gutierrez-diz-a-revista-epoca/ O governo facilitou empréstimo para a Andrade Gutierrez, diz a revista Época 2016-01-11
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