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Brasil O governo federal avisa a deputados que vai tirar cargos de infiéis

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Deputados chegaram a ir ao Supremo contra medida provisória aprovada por senadores, que criticam status de "carimbadores". (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O ministro da Secretaria-Geral de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou em reuniões com parlamentares nesta semana que quer “desmontar o Centrão” da Câmara dos Deputados, revendo indicações de parlamentares para cargos. Ele contou a interlocutores que está analisando toda votação na Câmara para saber se os deputados que ganharam cargos votaram com o governo, e chegou a citar nominalmente os “infiéis” que estavam a ponto de perder postos nos Estados.

Houve “infidelidade” em partidos que geralmente votam com o governo nas votações da reforma da Previdência, na proposta derrotada de manter o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no Ministério da Justiça, na derrubada pelo Congresso de vetos presidenciais, entre outros.

Apesar de o governo não ter destravado todas as indicações feitas por parlamentares neste ano, há deputados que mantiveram indicados que já estão posicionados desde o governo de Michel Temer. Há situações desse tipo no Ibama, Incra e Funasa, entre outros. Há, também, quem tenha aliados no governo e tenha conseguido novos nomes.

Em agosto, o DEM emplacou um nome no comando da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e o PP indicou o novo presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), dois dos cargos mais cobiçados do governo. Partidos como DEM, PP, PL, SD, PSD, PRB e os demais da centro-direita têm optado, neste governo, por não compôr uma base formal. Por isso, as orientações nas votações são decididas caso a caso.

Líderes veem essa estratégia como uma decorrência natural da atitude do governo, que não cedeu cargos de primeiro escalão no início do mandato e tem dificuldade de dialogar com dirigentes partidários. Ramos disse que seu monitoramento dos votos não se trata de uma ameaça e sim uma política que se pauta pela “ética e pelo bem público”.

Afirmou também que é inaceitável que um deputado com “dois ou três cargos federais” faça discursos contra o governo na Câmara. “Se o indicado não estiver alinhado com o governo Bolsonaro, se for atender aos interesses políticos dele próprio, não pode estar lá” afirmou.

“Se eu atendi [a indicação] do deputado, é porque a pessoa concorda com o governo e tem que votar com a pauta do governo. Se não vota, não é governo”. Ramos foi cobrado também pela execução das verbas para prefeituras prometidas a deputados que votaram a favor da reforma da Previdência.

Deputados indicaram municípios que poderiam ser favorecidos com esse dinheiro mas, por enquanto, relatam que quase nada foi pago. A promessa é de ao menos R$ 10 milhões por deputado, mas tudo indica que os R$ 40 milhões no ano, garantidos pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em uma primeira ocasião, não irão se concretizar.

Ramos se justifica a deputados alegando restrições de orçamento e reconhece que o governo prometeu mais aos grandes partidos do que aos nanicos. Nesta segunda-feira, o líder do Podemos, José Nelto (GO), disse  que só o Centrão (DEM, PP, PL, SD) estava recebendo.

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https://www.osul.com.br/o-governo-federal-avisa-a-deputados-que-vai-tirar-cargos-de-infieis/ O governo federal avisa a deputados que vai tirar cargos de infiéis 2019-09-06
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