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Brasil O governo federal espera fechar o ano com menos de 500 mil funcionários em estatais federais

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Fernando Antônio Ribeiro Soares e o ministro Dyogo Oliveira. "A ideia é reduzir mais um pouco", afirmou Soares. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As estatais federais reduziram em quase 10 mil pessoas seu quadro de pessoal entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, chegando a 506.852 pessoas, e a expectativa é encerrar 2017 com menos de 500 mil funcionários.

“No fim de 2015, tínhamos 550 mil empregados. Isso vai implicar em uma redução de cerca de 50 mil funcionários nesse período”, disse o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Fernando Ribeiro Soares.

Soares ressaltou que a maior parte desses desligamentos vem ocorrendo de modo pactuado, por meio de programa de incentivo para as pessoas deixarem as empresas.

Somente a Petrobras teve uma redução de 7,95% em seu quadro de pessoal entre o fim de 2016 e o final do terceiro trimestre deste ano, passando de 50.531 funcionários para 46.512, segundo o 4º Boletim das Empresas Estatais Federais. “Redução de custos, aumento de produtividade das estatais. É isso que buscamos”, disse.

Nos nove meses encerrados em setembro deste ano, as principais estatais federais tiveram lucro líquido, somado, de R$ 23,2 bilhões, um aumento de 167,2%. Essa conta considera os resultados de Petrobras, Eletrobras, grupo BNDES, BNDESpar, Banco do Brasil, BB Seguridade, Caixa Econômica Federal e Caixa Seguridade. Na entrevista, o secretário reforçou que o governo espera realizar em abril do próximo ano o leilão das distribuidoras de energia do grupo Eletrobras.

Investimentos

As empresas estatais federais investiram até setembro apenas 37,4% dos R$ 91,5 bilhões programados para este ano, de acordo com o Boletim das Empresas Estatais referente ao terceiro trimestre de 2017.

“A Petrobras e a Eletrobras, que são as principais responsáveis pelos investimentos, estão em processo de reestruturação. Então era esperado que os investimentos caíssem. O fundamental agora é desalavancar essas empresas, ou seja, reduzir as suas dívidas”, avaliou Soares.

Ele mostrou que o endividamento das empresas estatais federais, que chegou a R$ 544 bilhões em 2015, caiu para R$ 437 bilhões em 2016 e estava em R$ 409 bilhões até setembro deste ano. “O endividamento já caiu em cerca de 25%, o que é positivo”, considerou Soares.

O secretário também destacou a melhora do resultado das companhias. Em 2015, as estatais federais tiveram um prejuízo de R$ 32,024 bilhões, que foi revertido em um lucro de R$ 4,597 bilhões no ano passado. E, até setembro deste ano, a lucratividade das maiores empresas federais (como Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil e BNDES – que apresentam balanços trimestrais) já chegava a R$ 23,2 bilhões.

Do orçamento de R$ 1,3 trilhão para as estatais em 2017, 73% foi executado nos nove primeiros meses do ano. No fim de setembro, havia 149 estatais federais, sendo 101 de controle indireto e 48 de controle direto. No terceiro trimestre deste ano, houve redução de uma estatal, com a saída da Indústria Carboquímica Catarinense – que era uma subsidiária da Petrobras.

“Vamos reduzir ainda mais (o número de estatais) em 2018. A ideia é reduzir essa quantidade mais um pouco”, afirmou Soares, sem detalhar quais empresas serão desestatizadas. “O ajustamento do Estado passa pela redução do número de estatais. A ideia por exemplo, é que a Petrobras se mova para as áreas foco de exploração e refino, mas pensamos em fazer reduções de subsidiárias de outras empresas”, completou.

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https://www.osul.com.br/o-governo-federal-espera-fechar-o-ano-com-menos-de-500-mil-funcionarios-em-estatais-federais/ O governo federal espera fechar o ano com menos de 500 mil funcionários em estatais federais 2017-12-05
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