Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Colunistas O Guia Politicamente Incorreto do Agronegócio Brasileiro

Compartilhe esta notícia:

Os dados foram divulgados pela Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul). (Foto: EBC)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O agronegócio é um setor que sofre muito com opiniões genéricas e com o politicamente correto. Apesar de ser o setor mais resiliente da economia brasileira, o agro é alvo de críticas constantes. Produtores são sistematicamente taxados de destruidores do meio ambiente, exploradores e latifundiários. Mas será que isso é mesmo verdade?

Ao contrário do que se diz por aí, o Brasil não é um País “desmatador”. Segundo dados da Nasa, apenas 7,6% do território brasileiro são ocupados por lavouras. Esse número é cerca de três a quatro vezes menor do que a média mundial. Além disso, as áreas de preservação legal representam no mínimo 20% das áreas totais dos produtores. Por conta da eficiência e alta produtividade brasileira, projeta-se que em uma geração o Brasil poderá alimentar cerca de 25% da população, utilizando apenas 1,7% da superfície terrestre. Ressalto, ainda, que os maiores proprietários de terras do Brasil não são os grandes produtores, empresas de alimentos ou holdings estrangeiras, cujas lavouras ocupam 63.994.479 hectares e produzem comida barata para a população. Os maiores proprietários de terra do Brasil são os índios, cujas reservas legais ocupam uma área de 115.342.101 hectares e produzem apenas para sua subsistência.

A questão da exploração não poderia ser menos verdade. Precisamos diferenciar a regra da exceção. O trabalhador rural tem um salário base, como qualquer outro. Recebe também as horas extras que lhe são devidas, além de insalubridade e periculosidade, conforme o tipo de trabalho que executa.

É verdade que muitos vivem nas propriedades, onde têm moradia, com fornecimento de luz, água e manutenção por parte do proprietário. Em muitas fazendas recebem também o rancho do mês e têm internet. Além de todos esses benefícios, é muito comum os produtores contemplarem os trabalhadores com participação na receita das lavouras. Ressalto aqui que, ao contrário de outras empresas, a participação é na receita, e não no lucro, ou seja, mesmo que o produtor esteja perdendo, o trabalhador rural continua ganhando seu percentual.

O agronegócio emprega milhares de pessoas e faz a economia girar. Coloca alimento barato na mesa dos brasileiros. Ajuda a equilibrar a balança comercial. Gera crescimento ano após ano. Produtor não é só grande proprietário. É também pequeno, médio e até arrendatário. Mas, independentemente do tamanho da sua área, produtor é empreendedor, e está mais do que na hora de a população brasileira aprender a louvar seus empreendedores, ao invés de criticá-los.

Victoria Jardim, engenheira e associada do IEE

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Colunistas

Custo Brasil: a raiz da nossa falta de competitividade
O último a sair que acenda a luz
https://www.osul.com.br/o-guia-politicamente-incorreto-do-agronegocio-brasileiro/ O Guia Politicamente Incorreto do Agronegócio Brasileiro 2018-01-27
Deixe seu comentário
Pode te interessar